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Economia

Mulheres possuem mais negócios iniciantes que negócios estabelecidos

O Brasil está entre as seis economias em que a proporção de homens com negócios estabelecidos excedeu a de mulheres em sete pontos percentuais ou mais

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Mulher loira de cabelo amarrado está de costas para a câmera, sentada em uma mesa de frente a uma janela, mexendo em computador em que há o desenho de um foguete e a palavra "startup", representando empreendedorismo feminino

De acordo com a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2022-2023, os negócios liderados por mulheres são, predominantemente no mundo, startups, que ainda estão iniciando. Por outro lado, é mais comum que as grandes empresas consolidadas pertençam majoritariamente a homens.

Mas não se engane: o empreendedorismo, em geral, é mais ocupado por homens que por mulheres, gerando o que o relatório chamou de “gender gap”, ou desigualdade de gênero. Nesse sentido, o empreendedorismo iniciante masculino continua a ser mais prevalente do que o feminino na maioria das economias. Somente em quatro economias mundiais a taxa de empreendedorismo feminino iniciante excedeu a dos homens: Togo, Indonésia, Polônia e Catar.

Porém, comparando a presença de mulheres no empreendedorismo iniciante e consolidado, ela é mais comum nas empresas iniciantes. Só existem cinco países em que mais mulheres do que homens possuem negócios estabelecidos (Venezuela, Indonésia, Togo, Israel e Arábia Saudita), mas as margens são pequenas.

Mulher loira de cabelo amarrado está de costas para a câmera, sentada em uma mesa de frente a uma janela, mexendo em computador em que há o desenho de um foguete e a palavra "startup", representando empreendedorismo feminino

O Brasil se encontra na faixa de países que mais possuem desigualdade de gênero no empreendedorismo: entre as seis economias em que a proporção de homens com negócios estabelecidos excedeu a de mulheres em sete pontos percentuais ou mais: Irã, Tunísia, Brasil, República da Coreia, Letônia e Brasil.

A pesquisa sugere que existem duas explicações para o fenômeno: ou o empreendedorismo feminino é mais recente do que o empreendedorismo masculino, ou as empresas pertencentes a mulheres têm taxas de sobrevivência mais baixas do que aquelas pertencentes a homens.

Há evidências de que a herança trazida pelas mulheres de desigualdade de gênero no mercado de trabalho impacta o empreendedorismo feminino. A menor experiência de trabalho das mulheres empresárias pode levar a taxas de sobrevivência mais baixas, enquanto os salários mais baixos das mulheres empresárias antes da entrada podem resultar em restrições financeiras.

Outro ponto analisado pela pesquisa é sobre o impacto da pandemia de covid-19 em negócios conduzidos por homens e por mulheres. O estudo sugere que o empreendedorismo feminino pode ter sido mais afetado adversamente do que o empreendedorismo masculino, porque as mulheres assumiram a maior parte da carga de trabalho doméstico, cuidado e educação em casa, o que torna seus negócios vulneráveis em bloqueios.

Imagem: Envato