Nenhum país têm igualdade para mulheres no mercado de trabalho

O Banco Mundial divulgou nesta terça-feira, às vésperas do dia da mulher, o relatório “Woman, business and the law”, que revela que em nenhum país do mundo têm direitos iguais para mulheres no mercado de trabalho que os homens. De acordo com o documento, as mulheres desfrutam de apenas dois terços dos direitos legais que os homens têm. A igualdade de gênero, segundo a instituição, está muito mais longe de ser alcançada que o esperado.

Porém, diminuir a desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho pode ser muito interessante, revela o Banco Mundial: o Produto Interno Bruto (PIB) dos países pode aumentar até 20% com uma participação mais igualitária das mulheres.

“Quando se tem em conta as diferenças legais que envolvem violência e cuidados infantis, as mulheres gozam de menos de dois terços dos direitos dos homens. Nenhum país oferece oportunidades iguais para as mulheres – nem mesmo as economias mais ricas”, disse o Banco Mundial em um pronunciamento na segunda-feira.

A pesquisa envolveu análises de reformas legais para igualdade de gênero e seus reais impactos em 190 países. Como resultado, o relatório afirma que apenas 98 nações possuem uma legislação para obrigar a igualdade salarial entre homens e mulheres, e apenas 35 delas instaurou medidas de transparência para o monitoramento de salários.

De acordo com o relatório, são dois os problemas principais enfrentados pelas mulheres: a segurança e o cuidado com as crianças. Apenas ⅓ das proteções legais necessárias são oferecidas às mulheres – somente 64% das oferecidas aos homens. Dessa forma, violência doméstica, assédio sexual e moral e casamento infantil, feminicídio e outras violências acabam dificultando ou impedindo a plena participação das mulheres no mercado de trabalho.

Além disso, as mulheres gastam, em média, 2,4 horas a mais que os homens cuidando de crianças, o que dificulta sua dedicação ao trabalho. Apenas metade das mulheres é parte da força de trabalho mundial, enquanto 3 a cada 4 homens integra esse grupo.

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