Economia

Número de brasileiros que fazem saques bancários aumenta

Dinheiro ainda é forma de pagamento predominante, principalmente nas classes mais baixas

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Mulher utilizando caixa eletrônico num banco; DOC

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha a pedido da TecBan, empresa responsável pela rede de caixas eletrônicos Banco24Horas, revela que a quantidade de brasileiros conectados à internet que realizam saques bancários aumentou.

Segundo o levantamento, 54% dos entrevistados apontaram que o saque é uma das principais transações diárias. Esse número representa um crescimento de 12 pontos percentuais em relação à pesquisa realizada em agosto do ano anterior.

A pesquisa, conduzida entre 25 de setembro e 6 de outubro de 2023, teve alcance nacional e foi realizada online, entrevistando 1.519 pessoas de todas as classes econômicas, com margem de erro de 2,5 pontos percentuais.

Além dos saques bancários, outras operações bancárias cotidianas incluem pagamento de contas (69%), recebimento de dinheiro (67%), consulta de saldo e extrato (60%) e compras no cartão de crédito (50%). Menos da metade dos entrevistados faz recarga de celular (41%) ou depósitos (42%).

O estudo do Datafolha também constatou que dois em cada dez brasileiros conectados à internet e com fonte de renda recebem pagamento em dinheiro, especialmente nas classes C, D e E.

Em relação aos métodos de pagamento, para 29% dos brasileiros, o dinheiro ainda é a forma predominante, empatando com o cartão de crédito. Nas classes C, D e E, esse número sobe para 32%.

Quando questionados sobre a preferência pelo dinheiro, as principais razões mencionadas foram a aceitação limitada em alguns lugares (22%), hábito consolidado de usar dinheiro (15%), melhor controle de gastos (10%) e possibilidade de obter descontos (13%).

A segurança no uso de meios eletrônicos de pagamento é uma preocupação menor, com apenas 4% citando o medo de clonagem do cartão ou roubos.

O levantamento revela que 95% dos brasileiros conectados à internet possuem contas em bancos, sendo 67% em instituições com agências físicas e digitais. A parcela exclusivamente com contas em bancos digitais cresceu de 9% para 14% em um ano.

Falhas tecnológicas são comuns, conforme relatado pelos entrevistados: 69% enfrentaram problemas de instabilidade na internet ao realizar transações, enquanto 60% enfrentaram falhas na conexão com o banco.

Em relação às preocupações, a pesquisa identificou que 85% dos entrevistados temem mais ter o celular roubado do que perder a carteira.

Outras questões mencionadas pelos entrevistados incluem roubo de celular seguido de transferência de dinheiro (65%), vazamento de dados na internet (64%), golpes financeiros com transferências instantâneas (62%), clonagem de cartão após compras online (61%) e uso não autorizado dos dados do cartão (61%).

Além disso, preocupações como clonagem de cartão após compras físicas (60%), forçar a realizar transferências (56%) e pagamento de boletos falsos (51%) foram citadas como fontes de preocupação.

Mulher utilizando caixa eletrônico num banco; saques bancários

Imagem: Envato

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