Economia
Número de pessoas inadimplentes cai pelo sétimo mês em SP
De acordo com levantamento do SPC Brasil com a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Est. de São Paulo (FCDL-SP), pelo sétimo mês consecutivo houve queda no número de inadimplentes em São Paulo. Foram 2,06% pessoas a menos devendo no mês de julho de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior, que contava com mais de 20.420.666 milhões de inadimplentes.
“A queda reflete uma melhora no cenário econômico, impulsionada pela redução da taxa de desemprego que o Brasil passou no 2º trimestre deste ano. Além disso, no mês de junho nós tivemos um crescimento de 1,4% no PIB, ambos têm contribuído para que as pessoas tenham condições de honrar suas dívidas”, comenta o presidente da FCDL-SP, Mauricio Stainoff.
Perfil dos credores
No mês de julho, a faixa etária com maior número de devedores em São Paulo foi a de 30 a 39 anos, representando 25,73% do total. Em relação ao gênero, os números são quase equilibrados, com 50,33% dos devedores sendo mulheres e 49,67% homens.
No mês anterior, o valor médio das dívidas acumuladas por consumidores negativados em todo estado foi de R$5.254,95. Dados adicionais revelam que 25,45% dos consumidores têm dívidas de até R$500, e esse percentual sobe para 38,47% para dívidas de até R$1.000. O tempo médio de atraso para esses devedores é de 6 a 26 meses, apresentando um histórico de inadimplência entre 1 a 3 anos.
Reincidentes na inadimplência
Em julho, cerca de 86% dos devedores de São Paulo já tinham enfrentado problemas com dívidas antes, mas houve uma queda de 15% no número de devedores reincidentes com relação ao ano anterior.
Entre esses 86%, cerca de 63,57% ainda não haviam quitado dívidas antigas até julho, enquanto 23,28% retornaram ao cadastro de devedores após terem saído nos últimos 12 meses. O restante, 13,15%, não apresentaram restrições no CPF durante o período e, portanto, não foram considerados reincidentes.
Para reincidentes, o tempo médio entre o vencimento de uma dívida e o surgimento de outra é de 73 dias, ou aproximadamente entre 2 a 4 meses.
“É importante que os consumidores priorizem o pagamento de suas dívidas para evitar voltar ao cenário de reincidência e acumulação de juros elevados. Além disso, é possível negociar com os credores, o que pode ajudar a reduzir o impacto financeiro. O atraso contínuo nas dívidas é como um efeito dominó, levando a dificuldades maiores no futuro”, alerta Stainoff.