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Operadora de Subway e Starbucks no Brasil anuncia recuperação judicial

Em nota, gestora confirma pedido, mas declara que a decisão não se aplica à marca Subway

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Metade de um sanduíche em baguete do Subway

A SouthRock Capital, gestora responsável pelas operações de marcas como Subway e Starbucks no Brasil, anunciou ter entrado com um pedido de recuperação judicial na última terça-feira (31).

A empresa havia contratado a consultoria Galeazzi & Associados com o objetivo de organizar uma reestruturação. Em nota, a SouthRock afirma que o pedido visa “proteger financeiramente algumas de suas operações no país”, ratificando que a decisão não se aplica à marca Subway, que segue operando normalmente, e sim a outras marcas do portfólio da gestora.

“[A] SouthRock segue comprometida em continuar trabalhando em estreita colaboração com seus parceiros comerciais para criar as condições necessárias para seguir desenvolvendo e expandindo Subway e as marcas que opera no Brasil ao longo do tempo”, declara William Giudici, diretor do Subway no Brasil e América do Sul.

A decisão tomada pela operadora do Starbucks e Subway no Brasil acontece após um dia de rumores e especulações, com suspeitas de demissões em massa (layoffs) e fechamento de unidades.

Na nota enviada à imprensa, a SouthRock afirma que o pedido de recuperação judicial acontece “para salvaguardar as marcas, os Partners (colaboradores), fornecedores e os negócios operados pela empresa” e considera necessário “ajustar algumas frentes operacionais e de negócios para refletir o cenário econômico atual” para “equilibrar o compromisso da SouthRock com os negócios em curso”.

No processo de recuperação judicial, a SouthRock afirmou ter dívidas que ultrapassam a marca de R$ 1,8 bilhão, além de listar como motivos para a tomada desta decisão a situação da economia brasileira,  o “baixo grau de confiança e alta instabilidade”, a “volatilidade das taxas de juros e constantes variações cambiais que desequilibram o mercado e atingem fortemente o empreendedor brasileiro”, quedas de venda constantes nos últimos três anos (90% em 2020, 70% em 2021 e 30% em 2022), dificuldade de crédito para capital de giro, aumento dos preços de insumos e dificuldade de manutenção de lojas físicas abertas durante a pandemia.

As altas dívidas, inclusive, fizeram com que a Starbucks Coffee International notificasse a SouthRock pedindo a rescisão dos acordos de licenciamento e exploração da marca da cafeteria, essencialmente impedindo que a marca seja usada no Brasil pela gestora. No processo, a SouthRock se defende apontando que o faturamento bruto das 187 lojas Starbucks operadas no país supera os R$ 50 milhões, o que representaria uma “relevantíssima” parcela do fluxo de caixa da operadora.

Sobre a SouthRock Capital, operadora do Subway no Brasil

A gestora de private equity SouthRock Capital foi fundada em 2015 e, inicialmente, se especializou no ramo de restaurantes de aeroportos através da Brazil Airport Restaurants. Em 2018, fechou um acordo com a Starbucks para se tornar responsável pela gestão das unidades da cafeteria no Brasil, acordo feito de maneira semelhante com o Subway em 2022. 

A SouthRock também é responsável, no Brasil, pelas operações de marcas como a Eataly e TGI Fridays.


Metade de um sanduíche em baguete do Subway

 

Imagem: Envato