Plano de retomada da Forever 21 exclui operação física nos EUA

A Authentic Brands Group encontrou novos operadores para a marca Forever 21, cuja unidade operacional nos Estados Unidos entrou com pedido de falência no início deste ano e fechou todas as lojas.

A Unique Brands ficará responsável pelo e-commerce da Forever 21 nos EUA e pelo atacado de moda masculina; a Mark Edwards Apparel agora opera o atacado de moda feminina; e a Kidz Concepts será a parceira da marca nos EUA para a linha infantil, informou a Authentic por e-mail nesta quarta-feira (17).

A unidade operacional da Forever 21 nos EUA entrou com pedido de recuperação judicial no Capítulo 11 em março (o segundo desde 2019) e vinha sendo encerrada após não conseguir encontrar um comprador.

Os novos acordos garantem que a Forever 21 continue existindo, ao menos online. Considerando a participação da Authentic na Catalyst Brands, que inclui a J.C. Penney e outros varejistas, a marca também pode acabar sendo vendida em lojas de terceiros.

Mas a era do fast fashion em lojas físicas da Forever 21 nos EUA chegou ao fim. (A varejista ainda mantém operações em algumas lojas e ativações temporárias em determinados mercados internacionais.)

Jarrod Weber, presidente global de esportes e lifestyle da Authentic Brands Group, classificou o momento como “um novo e sensacional capítulo para a Forever 21”.

“Ao nos alinharmos com operadores especializados em comércio digital, atacado e moda jovem, estamos preparando a Forever 21 para relevância e sucesso de longo prazo, entregando moda rápida e acessível para millennials, a geração Z e as próximas gerações por meio dos canais em que confiam e preferem”, disse ele em comunicado.

Mesmo no ambiente online, porém, a empresa enfrenta muitos dos mesmos desafios descritos nos documentos apresentados à Justiça de falências no início do ano, incluindo inflação, fraqueza do consumo e concorrência de empresas como Temu e Shein.

A Forever 21 chegou a firmar uma parceria com a Shein em 2023, permitindo que ambas vendessem produtos uma da outra. Mas a Forever 21 não conseguiu acompanhar a liderança da rival em preços baixos, afirmou Stephen Coulombe, co-diretor de reestruturação da unidade em falência da empresa, em depoimento à Justiça neste ano. (Uma vantagem citada por Coulombe, a “isenção de minimis” que isentava de tarifas de importação bens avaliados em menos de US$ 800, deixou de valer sob a política comercial do governo Trump, ao menos por enquanto.)

A Authentic e as administradoras de shoppings Simon Property Group e Brookfield compraram a Forever 21 em 2020 por US$ 81 milhões após a falência. O CEO da Authentic, Jamie Salter, posteriormente admitiu arrependimento.

A aquisição foi “provavelmente o maior erro que cometi”, disse ele há alguns anos.

Imagem: Divulgação
Informações: Daphne Howland para Retail Dive
Tradução livre: Central do Varejo