Inovação

Primeira marca de absorvente biodegradável e sem plástico do Brasil ensina sobre saúde menstrual

A marca lança embalagens com conteúdo educativo e tem como um dos objetivos combater a falta de informações sobre menstruação

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Em cima de mesa branca à frente de parede rosa: absorvente com manchas de diversas cores, em degradê. Atrás, pacote da Nua com garrafas de líquidos coloridos

O primeiro absorvente biodegradável e 100% sem plástico do Brasil, da Nua, lança neste mês de dezembro uma embalagem especial que traz informações sobre o que cada cor do sangue menstrual pode indicar. A iniciativa foi elaborada com o apoio de ginecologistas, pesquisas e estudos como parte da missão de desmistificar o ciclo e promover a saúde menstrual no país.

“A ideia é não apenas ajudar as mulheres a compreenderem melhor os seus períodos, mas também conscientizar sobre mudanças que podem indicar que algo não vai bem – e, assim, incentivar também a busca por ajuda profissional, sempre que necessário”, explica Isabelle Parik, co-fundadora da marca.

A menstruação rosa clara, por exemplo, pode aparecer nos primeiros dias, mas também indicar algum desajuste hormonal ou deficiência vitamínica se perdurar. A cor laranja, por sua vez, pode significar que o sangue menstrual está misturado a algum fluído amarelado, sinal de alguma infecção. 

“Além da falta de acesso a produtos para conter a menstruação, as menstruantes ainda sofrem com a falta de informação sobre o próprio ciclo. São muitos tabus que acabam se transformando em um problema de saúde pública que, embora seja naturalmente mais grave entre as camadas mais vulneráveis da população, transcende classes sociais”, afirma Clara Ibri, co-fundadora da Nua.

Além disso, para contribuir para o combate à pobreza menstrual no país, a Nua doa, a cada venda, absorventes a pessoas que menstruam em situação de vulnerabilidade. A ação, realizada em parceria com o Projeto Luna, também inclui rodas de conversas para levar informações sobre ciclo menstrual com o objetivo de quebrar tabus. 

Criada em 2020, a startup nasceu a partir do desejo de Clara e Isabelle de encontrarem absorventes sustentáveis no mercado brasileiro. É a primeira do Brasil a contar com uma opção biodegradável, zero plástico, vegana, hipoalergênica e sem componentes que podem fazer mal à saúde. O absorvente é feito com fibra de bambu certificada, garantindo um produto suave, respirável e confortável – nas opções convencionais, é usada a fibra de algodão e até 90% de plástico. 

A novidade chamou a atenção e a empresa recebeu em julho deste ano um aporte de quase R$ 1 milhão oriundo de um fundo focado em soluções ESG.

Um dos objetivos da Nua é inverter a lógica de que as pessoas precisam se adaptar aos produtos disponíveis no mercado. Para isso, as consumidoras foram colocadas no centro das decisões, resultando na criação de um sistema de assinaturas personalizado de acordo com cada fluxo.

Imagem: Assessoria

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