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Produtos de marca própria crescem 59% no Brasil
Produtos de marca própria estão presentes em pelo menos 34% das casas brasileiras, e categoria tem estado a frente no mercado
O consumo de produtos de marca própria de redes varejistas vem crescendo intensamente entre os brasileiros. A procura por itens de qualidade, a preço mais acessível e com grande diversidade na gôndola estimula este movimento, que, por sua vez, vem atraindo maiores investimentos das companhias.
Dados da Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (Abmapro) indicam que as cinco principais redes farmacêuticas do país viram seu faturamento com as marcas próprias (os chamados private labels) crescer 59% nos 12 meses encerrados em julho deste ano. O índice está acima da média do setor, de 36%. Outra pesquisa, da Nielsen, mostra que os produtos de marca própria já estão presentes em 34% das casas brasileiras.
“Quebrou-se um paradigma no mercado brasileiro – que já não existia em países da Europa e nos EUA –, de que esses produtos são de baixa qualidade. Os consumidores têm hoje uma percepção distinta e as grandes redes têm apostado na ampliação de seus portfólios”, afirma Luís Fernando Gomes, diretor comercial da Harus. “Tudo isso faz com que haja um grande potencial de expansão deste segmento.”
Ainda segundo a Abmapro, com a marca própria, o cliente consegue comprar até 120% mais, pagando 30% menos, enquanto as marcas cortam custos sem perder qualidade.
De olho nessa movimentação, a Harus, que é hoje líder no mercado nacional de amenities (artigos de higiene pessoal específicos, como mini sabonetes, shampoo em pequenos frascos e acessórios), vem ampliando o espaço em seu parque fabril para a produção de marcas próprias do varejo brasileiro.
“Nos últimos anos, investimos na modernização do nosso parque fabril, que tem hoje quase 20 mil metros quadrados e nos permite oferecer a maior capacidade produtiva do segmento. Atualmente, contamos com as principais tecnologias do mercado, além de expertise de quase 30 anos na produção de cosméticos”, afirma Luiz Roberto Magrin Filho, diretor-geral da Harus. Ainda de acordo com Gomes, a estimativa é que, em cinco anos, 50% da receita da empresa seja oriunda da produção de itens de beleza para supermercados e farmácias.
Imagem: Envato
