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Economia

Redução nos preços dos alimentos contribuiu para diminuição da inflação para os mais pobres

Indicador Ipea de setembro aponta inflação para os mais pobres de -0,02%. Entre as famílias de renda alta, houve aumento de 0,57%

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cesta de supermercado; fevereiro vendas do varejo

De acordo com o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda divulgados nesta terça-feira (17), a inflação para famílias de renda alta aumentou (0,57%) em setembro, mas inflação para os mais pobres (0,02%). Os resultados mantêm a tendência dos últimos meses.

Na comparação com agosto, os três segmentos de menor renda registraram desaceleração da inflação e os três de maior poder aquisitivo apresentaram aumento. Já no acumulado do ano de janeiro até setembro, a inflação para os mais pobres foi a menor (2,30%), enquanto a maior taxa está nos domicílios de renda alta (4,38%).

Esse fato se deve à diminuição de preços em itens básicos, como alimentação, bebidas, e produtos de higiene pessoal. Por outro lado, as mercadorias tipicamente compradas por pessoas com renda mais alta tiveram aumento, como passagens aéreas (13,5%), transporte por aplicativo (4,6%), serviços de recreação (0,5%) e planos de saúde (0,7%).

Tabela

Entre os alimentos que tiveram queda no preço em setembro, estão: feijão (-7,6%), a farinha de trigo (-3,3%), a batata (-10,4%), carnes (-2,9%), aves e ovos (-1,7%), o leite (-4,1%) e o óleo de soja (-1,2%).

Para todas as classes sociais, porém, houve pressão por parte dos reajustes de 1,0% nas tarifas de energia elétrica e de 2,8% da gasolina, que fizeram dos grupos “habitação” e “transportes” os principais pesos no bolso de todos os consumidores.

Apesar de a inflação para os mais pobres estar um pouco mais leve, ela continua alta em termos gerais. Em comparação com setembro do ano, houve aumento da inflação para todas as faixas de renda no período. Cabe destacar, porém, que esse resultado foi significativamente mais impactante para as faixas de maior renda como consequência, principalmente, da gasolina bem mais cara, com reajuste para mais de 2,8% em 2023, em contraste do mesmo período do ano passado, com reajuste de -8,3%).

Imagem: Envato