Inovação
Google prevê crescimento de 42% para retailtechs até o final de 2025
Levantamento em parceria com Euromonitor mostra que alta deve representar 39% do aumento total de vendas no varejo
Nos últimos anos, houve uma mudança significativa no comportamento do público, com um aumento expressivo do e-commerce brasileiro. Segundo uma pesquisa do Google e da Euromonitor, espera-se que esse segmento cresça 42% até 2025, representando 39% do aumento total de vendas no varejo. Para atender às demandas do varejo, as retailtechs surgiram, desenvolvendo soluções tecnológicas para ajudar negócios tradicionais e plataformas de e-commerce a reduzir custos, melhorar serviços, aumentar a conversão e fortalecer a marca. Essas startups são fundamentais na transformação digital do setor de varejo, adotando tecnologias como Internet das Coisas (IoT) e inteligência artificial (IA).
Embora a digitalização do setor varejista nacional tenha sido consolidada em 2022, ainda há desafios a serem enfrentados. O varejo precisa se tornar mais competitivo em termos de variedade de produtos e preços, além de aumentar a integração entre lojas físicas e online. As projeções para o consumo em 2023 têm se mostrado precisas, com uma queda no consumo, especialmente no setor varejista, devido a fatores como taxas de juros altas, endividamento familiar e incerteza econômica global.
Nesse contexto desafiador, é essencial investir em tecnologia para aprimorar a experiência do cliente, criar programas de fidelidade e descontos para atrair e reter consumidores. As retailtechs surgiram exatamente com esse propósito: ajudar os varejistas a conquistar o mundo digital, alcançar mais clientes e se adaptar ao novo modelo de consumo. Exemplos de plataformas que desempenham esse papel são a Meu Compras, a Self Supply, a Liquida.se e a iWert.
Para os próximos anos, algumas tendências se destacam. Estudos mostram que 86% dos clientes concordam que a tecnologia é de grande ajuda na hora de fazer compras, o que impulsionará o crescimento de chats online e chatbots para facilitar a integração entre o mundo online e offline, fortalecendo a estratégia omnichannel.
A preocupação dos consumidores com questões ambientais e sociais também aumentará, com a expectativa de que as marcas adotem ações relacionadas a esses temas. Além disso, espera-se o amadurecimento e crescimento dos marketplaces, com 90% dos consumidores utilizando-os para pesquisa antes de realizar uma compra. O social commerce, como as vendas por redes sociais, e as live commerce também ganharão espaço, proporcionando uma experiência de compra mais engajadora.
Para aproveitar essas tendências, as empresas precisarão transferir o conhecimento que já possuem sobre os consumidores para o atendimento online, utilizando bancos de dados e informações para personalizar a experiência de compra. Com essas estratégias, o setor varejista poderá enfrentar os desafios e se adaptar às necessidades em constante evolução dos consumidores.
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