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Economia

Segundo Ebanx, Pix deve chegar a 40% dos pagamentos online até 2026

Plataforma já chegou a 29% dos pagamentos no ano passado

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Celular com acesso ao Pix, do Banco Central; Ebanx projeta que modalidade de pagamento representará 40% do mercado até 2026; pagamentos digitais

A empresa de pagamentos Ebanx projeta que o Pix deverá alcançar 40% do mercado brasileiro de pagamentos até 2026. Com uma movimentação financeira anual próxima a US$ 200 bilhões (equivalente a R$ 985,5 bilhões), o sistema de pagamentos instantâneos está previsto para empatar com os cartões de crédito como o meio de pagamento mais utilizado no comércio digital.

Em 2023, o Pix representou 29% do total de pagamentos no e-commerce no Brasil, conforme dados da Payments and Commerce Market Intelligence (PCMI), enquanto os cartões de crédito ficaram responsáveis por 49%. A projeção para dois anos à frente é de que essas participações mudem para 40% e 42%, respectivamente.

De acordo com um estudo da Ebanx, no ano passado, o Pix correspondeu a 15% das vendas online em toda a América Latina, tornando-se o segundo meio de pagamento mais utilizado na região. O relatório divulgado nesta quinta-feira prevê um crescimento para 20% dessa fatia em apenas três anos.

Internamente, a Ebanx identificou que nos últimos três anos, desde o lançamento do Pix, oito em cada dez pessoas optaram por utilizá-lo em sua primeira compra online. Foram analisadas 221 milhões de transações realizadas por cerca de 30 milhões de pessoas, equivalente a 20% de todos os usuários de Pix no país.

O avanço do Pix foi notável nesse período, antes dominado pelo boleto, conforme indicado pela Ebanx. No entanto, o cartão de crédito também perdeu espaço nesse contexto, passando de 56% das primeiras compras online em 2020 para apenas 4% no ano passado.

Dados da ACI Worldwide utilizados no estudo mostram que em 2022, o Pix representou 15% dos pagamentos instantâneos feitos em todo o mundo. O sistema brasileiro e o UPI, seu “irmão” indiano, foram responsáveis por seis em cada dez operações instantâneas no planeta naquele ano.

Apesar do crescimento do Pix, o estudo da Ebanx destaca que o uso de cartões continua crescendo no Brasil, com um aumento de 130% na emissão nos últimos quatro anos. O crédito permanece como o principal meio de pagamento para compras online no país, enquanto o débito é escolhido em apenas 2% das transações online.

Mesmo assim, o cartão de débito é mais difundido na população brasileira, com 66% dos adultos possuindo um cartão vinculado a contas correntes, em comparação com 40% que detêm um cartão de crédito. Essa tendência é observada também em outros mercados emergentes.

Nos países emergentes sem sistemas de pagamentos instantâneos, o débito é apontado como a principal via de crescimento para os pagamentos digitais, de acordo com dados internos da Ebanx. No Peru, no Chile e no México, essa modalidade adicionou 25 milhões de clientes às bases das empresas que utilizam os sistemas da companhia desde 2020.

Em relação à aceitação de cartões por vendedores online, 97% dos vendedores no Brasil aceitam cartões, superando a média de 82% nos mercados emergentes, segundo a Ebanx. Na Índia, o percentual está alinhado com a média, enquanto no México fica em 70%.

O estudo também destaca uma tendência de crescimento mais acelerado das bandeiras de cartão locais nos países mencionados. No Brasil, a Elo, controlada por Caixa Econômica Federal, Bradesco e Banco do Brasil, é citada como exemplo, sendo forte no débito e buscando expansão no crédito e em outros produtos relacionados a pagamentos.

Celular com acesso ao Pix, do Banco Central; Ebanx projeta que modalidade de pagamento representará 40% do mercado até 2026

Imagem: Divulgação