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Comportamento

Trabalho infantil aumentou entre 2019 e 2022

A maior parte dos trabalhadores infantis tinham entre 16 e 17 anos, do sexo masculino e pretos e pardos

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De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua sobre o Trabalho de Crianças e Adolescentes, do IBGE divulgada hoje, 20, o trabalho infantil aumentou 7,0% entre 2019 e 2022. No ano passado, 1,881 milhão de pessoas de 5 a 17 anos estavam em situação de trabalho infantil, sendo 52,5% entre 16 e 17 anos de idade.

O trabalho infantil é caracterizado como “aquele que é perigoso e prejudicial para a saúde e desenvolvimento mental, físico, social ou moral das crianças e que interfere na sua escolarização” pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Vale lembrar que o trabalho infantil no Brasil é crime, salvo na situação de aprendiz a partir de 14 anos.

Características dos trabalhadores infantis

Entre as crianças e adolescentes que estavam em trabalho infantil no período, mais da metade tinha entre 16 e 17 anos, como mencionado anteriormente, e, entre eles, também estavam as jornadas mais longas. 32,4% deles trabalhavam por 40 horas ou mais na semana. “Nesse grupo etário, há o crescimento do abandono escolar, o que pode contribuir para a maior jornada entre parte desses adolescentes”, analisa a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.

Além disso, quase dois terços dos trabalhadores infantis são do sexo masculino: 65,1% das crianças e adolescentes que trabalham fazem parte desse grupo.

Também, o grupo de pretos e pardos em trabalho infantil (66,3%) é bem maior que a de brancos (33%). Entre os pretos e pardos, a porcentagem das crianças que adolescentes que trabalham é maior que a da participação desse grupo no total de crianças do país (58,8%).

Como consequência do trabalho infantil, grande parte dos que trabalham deixam a escola. 97,1% da população entre 5 e 17 anos frequenta a escola. No entanto, apenas 87,9% das crianças e adolescentes que trabalham estão estudando. Esse número é ainda mais alarmante entre o grupo de 16 e 17 anos: dos que trabalham, 79,5% estão na escola.

Outro dado alarmante da pesquisa é que, em 2022, 756 crianças e adolescentes estavam exercendo os piores tipos de trabalho infantil, que são aqueles que envolvem riscos de acidentes ou são prejudiciais à saúde. A maior recorrência é entre as crianças de 5 a 13 anos: 69,4% das que trabalham (ou 158 mil) estavam nesse tipo de trabalho.

Imagem: Envato

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