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Economia

Varejo cresce até setembro, mas sinais de recuo aparecem

Segundo indicador, varejo ampliado deve crescer, enquanto varejo restrito deve recuar no período de julho a setembro

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O indicador mensal de volume de vendas IBEVAR – FIA Business School aponta crescimento do varejo entre julho e setembro, mas com instabilidade. O varejo ampliado, que inclui Veículos e Material de Construção, deve crescer 1,11% no período. Contudo, no varejo restrito, onde se exclui essas categorias, a projeção é de recuo de 0,21%.

Dos 11 setores examinados pelo estudo, três apresentaram uma queda no volume de vendas: Livros (-10,2%), Móveis e Eletroeletrônicos (-1,2%) e Material de Construção (-0,5%). A estabilidade foi prevista para quatro segmentos: Produtos Alimentares, Supermercados, Combustíveis e Material de Escritório. Por outro lado, crescimento foi projetado para os setores de Tecidos (3,28%), Produtos de Uso Pessoal (1,8%), Veículos (1,55%) e Produtos Farmacêuticos (1,1%).

O cenário de vendas no varejo para o período de julho a setembro apresenta um quadro misto, com crescimento geral, mas desempenho bem variado entre os setores. Claudio Felisoni de Angelo, presidente do IBEVAR e professor da FIA Business School, comenta que “esse panorama heterogêneo pode ser associado às incertezas políticas causadas pela queda de braço entre o governo e o Banco Central. Essa situação em relação à taxa de juros e ao controle da inflação cria um ambiente de incertezas e afeta diretamente o comportamento dos consumidores.”

Segundo Felisoni, a taxa de juros elevada e o controle rigoroso da inflação têm impacto direto no poder de compra da população e nas decisões de consumo. “Quando o consumidor está incerto sobre o futuro econômico, tende a ser mais cauteloso em suas compras, priorizando gastos essenciais e adiando ou reduzindo a aquisição de bens duráveis e não essenciais,” explica o presidente do IBEVAR.

Esses fatores econômicos influenciam diretamente a dinâmica do varejo, fazendo com que alguns setores cresçam enquanto outros encolhem. A instabilidade política também desempenha um papel crucial ao criar um ambiente de imprevisibilidade, que é refletido nas variações de vendas entre os diferentes segmentos do mercado.

Diante desse cenário, o varejo brasileiro enfrenta um desafio complexo: equilibrar o crescimento em setores promissores com a queda em outros, buscando estratégias que possam mitigar os impactos negativos das incertezas econômicas e políticas. É essencial que empresas e consumidores estejam atentos às mudanças no cenário macroeconômico para tomar decisões informadas e adaptativas.

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