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Economia

Vendas do varejo atingem maior nível da série histórica

Em fevereiro, vendas do varejo aumentaram (1,0%) pelo segundo mês consecutivo, atingindo o maior patamar desde os anos 2000

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Mulher passando repelente no braço

De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio, realizada pelo IBGE e divulgada hoje, o mês de fevereiro teve recorde nas vendas do varejo. O aumento foi de 1,0%, que se somou ao resultado de janeiro, de 2,8% a mais, atingindo o maior nível desde outubro de 2020, quando se iniciou a série histórica. O resultado de fevereiro ultrapassou o recorde anterior, de 0,5% em outubro de 2020, e está 7,1% acima do patamar pré-pandemia. No acumulado de 12 meses, o volume das vendas aumentou 2,3%, e, no ano, 6,1%.

“Entre os destaques dessa passagem é termos observados dois meses consecutivos de altas, o que não acontece desde meados de 2022. No entanto, naquele momento o crescimento combinado dos dois meses foi menor, menos intenso. Outro aspecto a ser destacado é que nos últimos dois anos ou janeiro ou fevereiro vieram mais fortes, mas com posterior queda. Em 2024, houve alta tanto em janeiro quanto em fevereiro”, avalia o gerente da pesquisa, Cristiano Santos (Via IBGE).

Entre as atividades avaliadas na pesquisa, seis de oito tiveram aumento nas vendas do varejo. As únicas atividades que registraram baixa foram combustíveis e lubrificantes (-2,7%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%).

As principais causas do aumento do consumo vieram de dois segmentos: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e perfumaria (9,9%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,8%). De acordo com Santos, um fator que contribuiu para isso foi o aumento da busca por repelentes, devido o surto de dengue. Além disso, segundo ele, a volta às lojas de departamento se consolidou neste ano, o que teve impacto nos outros artigos de uso pessoal e doméstico.

“Observa-se uma mudança de foco de consumo nos últimos meses que passa de um cenário de orçamento mais restrito, concentrado em produtos básicos, para um momento com mais espaço para que haja consumo de outros tipos de produtos. Tal cenário tem relação com o aumento do crédito, em virtude da diminuição da taxa básica de juros, assim como crescimento da massa de rendimento real e da população ocupada”, afirma Santos (Via IBGE).

Imagem: Freepik