Walmart aposta em dark stores para acelerar entregas online

O Walmart confirmou na quarta-feira (25) que está testando as chamadas dark stores. O modelo consiste em unidades físicas que atendem exclusivamente a pedidos online e não estão abertas ao público.

Atualmente, o varejista está conduzindo o piloto desse formato em Dallas. As dark stores oferecerão alguns dos produtos mais populares da empresa, segundo reportagem da Bloomberg. Uma nova unidade também está prevista para Bentonville, no Arkansas, cidade-sede do Walmart.

Uma dark store pode se parecer com uma loja convencional, mas há um detalhe: o público não tem acesso ao interior.

“Testamos regularmente novas ferramentas, funcionalidades e capacidades para nos conectarmos melhor com nossos clientes e atendê-los — onde quer que estejam e da forma que preferirem comprar”, afirmou um porta-voz do Walmart por e-mail ao site Retail Dive. “Independentemente do canal, nosso objetivo continua sendo o mesmo: oferecer uma experiência rápida, integrada e envolvente ao cliente.”

As dark stores servem para agilizar e otimizar o atendimento dos pedidos online, o que é essencial para um varejista que vem acelerando suas operações. Nos últimos anos, o Walmart tem utilizado sua rede de lojas e tecnologia, incluindo drones, para aprimorar as entregas.

No primeiro trimestre, o Walmart nos Estados Unidos alcançou pela primeira vez lucratividade no comércio eletrônico, com um aumento de 21% nas vendas — um marco importante, segundo o diretor financeiro John David Rainey.

Os custos líquidos de entrega no e-commerce caíram à medida que a empresa aumentou a densidade das entregas na última milha e passou a cobrar taxas de clientes por serviços de entrega mais rápida. Segundo Rainey, o Walmart prevê alcançar em breve 95% da população dos EUA com opções de entrega em até três horas. O número de entregas realizadas nesse prazo cresceu 91% no primeiro trimestre em comparação com o mesmo período do ano anterior.

O Walmart informou que sua receita no primeiro trimestre cresceu 2,5% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 165,6 bilhões, enquanto o lucro operacional aumentou 4,3%, alcançando US$ 7,1 bilhões. Na época, a empresa alertou para possíveis aumentos de preços devido a mudanças nas políticas tarifárias.

“Estamos bem posicionados para lidar com a pressão de custos gerada pelas tarifas, tão bem quanto — ou melhor do que — qualquer outra empresa. Mas, mesmo com as tarifas em níveis reduzidos, os aumentos resultarão em preços mais altos”, disse o CEO Doug McMillon na ocasião.

Recentemente, o Walmart cortou 1.500 empregos nas áreas de varejo dos EUA e tecnologia global como parte de um esforço para tornar suas operações mais eficientes.

Imagem: Divulgação
Informações: Kaarin Moore para Retail Dive
Tradução livre: Central do Varejo