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Walmart vai comprar Vizio por US$ 2,3 bilhões

O Walmart cresceu dois dígitos na sua unidade de publicidade, enquanto as vendas no comércio eletrônico ultrapassaram US$100 mil milhões

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Computador com pesquisa aberta no site do Walmart

O Walmart disse nessa terça-feira que planeja comprar a fabricante de TVs inteligentes Vizio por US$ 2,3 bilhões. O varejista deseja acesso ao sistema operacional SmartCast da Vizio , que permitirá ao Walmart acelerar o Walmart Connect, sua rede de mídia varejista.

O anúncio ocorreu no momento em que o varejista informou que a receita total do quarto trimestre atingiu US$ 173,4 bilhões, um aumento de 5,7% em relação ao ano anterior. No ano inteiro, a receita total aumentou 6%, para US$ 648,1 bilhões, e o lucro operacional aumentou 32,2%, para US$ 27 bilhões.

O Walmart começou o ano anunciando várias iniciativas importantes no mês passado relacionadas à retenção de funcionários, remuneração, reformas de lojas e tecnologia voltada para o consumidor. A empresa também está realizando um desdobramento de ações três por um, que entrarão em vigor após o fechamento do mercado na sexta-feira.

“Estamos impressionados com a execução do Walmart com o que chamamos de Novo Nexus de Varejo ou execução em publicidade digital, modelo de mercado e inteligência artificial”, disseram analistas da TD Cowen, liderados por Oliver Chen, em nota. “Além disso, os maiores ganhos de participação na renda familiar, especialmente em mercadorias em geral, também impressionam.”

Doug McMillon, CEO da rede de hipermercados, atribuiu seu sucesso em parte a uma forte temporada de férias. O Walmart também viu força em sua unidade de comércio eletrônico, ultrapassando US$ 100 bilhões em vendas este ano, disse o CEO.

Em todos os seus mercados, McMillon disse que os clientes são resilientes, mas continuam a procurar valor. O Walmart disse que alimentos, saúde e bem-estar lideraram as vendas de seus negócios nos EUA, enquanto as vendas de mercadorias em geral tiveram um declínio modesto.

“Dado que a empresa enfrentou alguns números rígidos no ano anterior, estes são resultados muito sólidos do Walmart, que continua a se beneficiar da aquisição de novos clientes e está ganhando solidamente participação de mercado no setor de alimentos”, disse Neil Saunders, diretor administrativo da GlobalData.

O último movimento de compra da Vizio busca alavancar o sucesso publicitário do negócio. Globalmente, o negócio de publicidade do Walmart cresceu 28% durante o ano, atingindo US$ 3,4 bilhões. McMillon, disse durante a teleconferência de resultados da empresa que “o anúncio hoje de que concordamos em adquirir a Vizio nos dá a oportunidade de alcançar e atender clientes de novas maneiras e conectar mais pontos para aqueles que anunciam conosco”.

O sistema operacional de smart TV da Vizio, SmartCast, tem mais de 18 milhões de contas ativas. Sua plataforma tem mais de 500 relacionamentos diretos com anunciantes, incluindo muitas empresas da Fortune 500, de acordo com o anúncio. Enquanto isso, o Walmart Connect, que o varejista descreve como um “negócio de mídia omnicanal de ciclo fechado”, cresceu 30% durante o último ano fiscal. O negócio está sujeito à aprovação regulatória e deverá ser fechado durante o próximo ano fiscal, disseram executivos na teleconferência.

“O acordo com a Vizio essencialmente transforma o Walmart Connect de um provedor de publicidade por meio de lojas e sites em um fornecedor que pode penetrar nas casas dos consumidores por meio da televisão”, disse Saunders. “Essa abordagem multicanal dá ao Walmart muito mais poder e alcance no mundo da publicidade e o coloca em condições de concorrência mais equitativas com empresas como a Amazon.”

E embora o acordo possa não ser “terrivelmente material financeiramente” neste momento, de acordo com os analistas do Wells Fargo liderados por Edward Kelly, ele demonstra a intenção do retalhista de “crescer fluxos de valor [alternativos] de margens elevadas”.

Para o próximo ano fiscal, o Walmart prevê um aumento de 3% a 4% nas vendas líquidas consolidadas e um aumento de 4% a 6% no lucro operacional consolidado.

Por: Nate Delesline para Retail Dive

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