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WeWork admite risco de falência após prejuízo histórico

Ao divulgar relatório, companhia de coworking diz ter “dúvidas” sobre continuação de suas atividades

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Mulher aponta gráfico em queda; WeWork coleciona resultados negativos

Ao divulgar o relatório de resultados obtidos no segundo trimestre deste ano, a WeWork declarou existirem “dúvidas substanciais” em relação à capacidade da empresa de coworking em continuar suas operações. Os resultados divulgados pela companhia não são nada animadores: o prejuízo líquido no período consultado foi de US$ 397 milhões (em conversão direta, algo próximo de R$ 1,9 bilhão) com receita de US$ 844 milhões (aproximadamente R$ 4,1 bi).

Segundo a empresa, as causas deste resultado são “perdas e necessidades de caixa projetadas”, além de “aumento da rotatividade de membros e dos níveis atuais de liquidez”. No entanto, o CEO interino da companhia, David Tolley, afirmou que tem confiança na execução de um plano de recuperação. “A transformação da WeWork segue ritmo acelerado, focando na retenção e crescimento de membros, otimizando o portfólio imobiliário e disciplinando nossa abordagem para reduzir custos de operação”, disse Tolley.

O executivo ainda afirmou que existe um plano em progresso para o ano de 2024, com foco na redução de custos de aluguel, aumento da receita e crescimento do capital. A esperança da WeWork é que esse processo leve a uma melhora nas vendas e na recuperação de assinaturas previamente canceladas.

É apenas mais um capítulo na história da WeWork, que surgiu através da mente de um excêntrico empresário israelense — Adam Neumann — prometendo “mudar o mundo”, alcançando um valuation de US$ 47 bilhões e se tornando a startup mais valiosa dos Estados Unidos. Pelo menos até o fracasso na tentativa de entrada da empresa na bolsa de valores americana em 2019 e o afastamento de Neumann do cargo de CEO da companhia.

Nos últimos meses, a WeWork vem passando por diversas provações. Em março, fechou um acordo com credores para que sua dívida diminuísse em US$ 1,5 bi (mais ou menos R$ 7,3 bi). Entre os credores está o Softbank, grupo de investimentos japonês, que considerou a empresa de coworking o unicórnio mais valioso do mundo anos atrás.

Pouco depois, a companhia viu suas ações na bolsa de valores de Nova York (NYSE) serem vendidas a menos de US$ 1, teve o então CEO pedindo demissão e, após a declaração de que há risco da empresa falir, suas ações despencaram 41% e o valor de mercado foi subtraído em US$ 195 milhões (R$ 1 bi).

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Imagem: Envato