Empresa-mãe do Outback avalia saída do Brasil

A Bloomin’ Brands, empresa-mãe da rede de restaurantes Outback, anunciou recentemente a consideração de várias estratégias para suas operações no Brasil, incluindo entre elas a possibilidade de venda. 

O conselho de administração contratou o BofA Securities como consultor financeiro para orientar nesse processo. Embora não tenha sido estabelecido um cronograma definitivo, a empresa está bastante empenhada em conduzir essa revisão. No entanto, não há garantia de que resultará em uma transação concreta. 

Com 159 restaurantes do Outback em solo brasileiro e a inauguração de quatro novos estabelecimentos desde o final de 2023, a empresa observou uma diminuição de 0,7% nas vendas comparáveis no país no primeiro trimestre deste ano. Além disso, houve uma queda de 3,7% no tráfego de clientes.

Além dos restaurantes Outback, a Bloomin’ Brands também opera 37 unidades das marcas Abbraccio e Aussie Grill no Brasil, incluindo a abertura de um novo restaurante no primeiro trimestre deste ano.

A possibilidade de sair do mercado brasileiro não é uma novidade para a empresa. Desde pelo menos 2022, têm sido consideradas opções como a entrada de um sócio ou a venda total das operações. No entanto, o interesse tem sido limitado devido à cautela dos investidores em relação ao setor de alimentação e às dificuldades enfrentadas por grandes redes de restaurantes no país, como a SouthRock, gestora da Starbucks no Brasil.

Os rumores sobre a possível saída de Peter Rodenbeck, um dos principais sócios da rede, têm circulado no mercado, considerando seu longo envolvimento no negócio. Rodenbeck, conhecido por sua contribuição para a introdução do McDonald’s e da Starbucks no Brasil, tem sido apontado como uma figura chave nesse processo.

A necessidade de impulsionar o crescimento também tem motivado a consideração de parcerias e, posteriormente, da venda das operações. No entanto, os resultados financeiros recentes da Bloomin’ Brands mostram um desempenho desafiador, com um prejuízo líquido de US$ 83,9 milhões no primeiro trimestre deste ano, revertendo o lucro do mesmo período do ano anterior.

Apesar desses desafios, o diretor-presidente da empresa, David Deno, expressou confiança nas tendências de vendas, que, segundo ele, “se fortaleceram ao longo do trimestre”.

Imagem: Divulgação