Economia

Copom reduz a Selic em 0,25 p.p.

Como anunciado, o Comitê diminuiu o ritmo dos cortes na taxa básica de juros, que vem baixando há sete meses consecutivos

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Logo e nome do Banco Central em mármore na parede

Nesta quarta-feira, 8, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central diminuiu a Taxa Selic de 10,75% para 10,50%, em 0,25 pontos percentuais (p.p.). Essa redução foi menor que as seis anteriores, de 0,5 p.p., conforme já havia sido anunciado pelo BC. De acordo com o órgão, caso houvesse uma continuação de um cenário menos positivo na economia, o corte seria mais tímido.

Apesar disso, a Selic está em seu sétimo corte seguido, e em seu menor patamar desde fevereiro de 2022, quando o Copom aumentou a taxa de 9,25% para 10,75%. Ainda não há um posicionamento sobre a continuação ou não desse ritmo de cortes.

De acordo com o BC, a desaceleração foi motivada por um cenário internacional instável, alta do dólar, e as expectativas da inflação no País acima do esperado na meta fiscal. No documento publicado sobre a decisão, a instituição ainda defendeu o cumprimento do arcabouço fiscal pelo Governo Federal.

“O comitê acompanhou com atenção os desenvolvimentos recentes da política fiscal e seus impactos sobre a política monetária. O comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária”, disse o documento.

A decisão não foi unânime no Copom. O presidente do BC, Roberto Campos Neto e os diretores Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Otávio Ribeiro Damaso e Renato Dias de Brito Gomes, indicados pelo Governo Bolsonaro, votaram pela desaceleração nos cortes da Selic. Já os diretores indicados por Lula, Ailton de Aquino Santos, Gabriel Muricca Galípolo, Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira, votaram por uma nova redução de 0,5%.

Essa desaceleração nos cortes da Selic foi criticada por políticos, entidades do setor produtivo e sindicatos. A presidenta do PT, Gleisi Hoffman afirmou não haver fundamento econômico para a decisão. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e a Associação Paulista de Supermercados (Apas) também se manifestaram contra o recuo do BC.

Imagem: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

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