Store in Store: entenda o que é

O mundo do varejo está em constante evolução e adaptação às necessidades dos consumidores. Uma das tendências mais inovadoras que surgiu nos últimos anos é o conceito de “Store in Store” (Loja dentro de Loja). Esse modelo de negócios tem ganhado popularidade rapidamente, oferecendo vantagens tanto para os consumidores quanto para os varejistas.

O que é o “Store in Store”?

O conceito de “Store in Store” refere-se a um modelo de varejo em que uma loja de uma marca é instalada dentro de outra loja maior, geralmente de uma rede varejista já estabelecida. 

Em vez de abrir uma loja independente, a marca opta por vender seus produtos ou serviços em um espaço dedicado dentro de uma loja já existente. Esse modelo pode ser aplicado tanto em grandes redes de varejo quanto em lojas de departamento e supermercados.

Em essência, o “Store in Store” cria uma miniatura da loja de uma marca dentro de um outro estabelecimento, permitindo que ela tenha seu próprio espaço, identidade e exposição, mas com os benefícios de estar situada em um ponto de venda já consolidado e frequentado por muitos consumidores.

Como funciona o modelo “Store in Store”?

O funcionamento do modelo “Store in Store” envolve uma parceria entre o varejista anfitrião e a marca que deseja estabelecer sua loja dentro da loja. O espaço onde a loja será montada é negociado entre as duas partes, e as taxas e condições de operação são acordadas em contrato.

Embora a loja dentro da loja tenha um espaço dedicado e um design exclusivo, ela ainda compartilha o fluxo de clientes da loja principal. Ou seja, os consumidores que já visitam o varejista anfitrião terão a chance de conhecer e comprar os produtos da marca que está instalada em seu interior, sem precisar se deslocar para um ponto de venda externo.

Vantagens do modelo Store in Store

1. Redução de custos

Uma das maiores vantagens do modelo “Store in Store” é a redução de custos operacionais. Em vez de precisar arcar com o aluguel de um ponto comercial separado, a marca pode dividir os custos de operação com o varejista anfitrião. Além disso, o modelo também reduz custos com funcionários e outras despesas operacionais, uma vez que a loja dentro da loja pode contar com a infraestrutura já existente da marca maior.

2. Aumento da visibilidade da marca

Ao estar localizada dentro de uma loja que já atrai um grande número de consumidores, a marca tem a oportunidade de alcançar um público mais amplo sem precisar investir em marketing ou publicidade de longo alcance. Isso é especialmente vantajoso para marcas novas ou que desejam expandir sua presença no mercado, mas não têm os recursos para abrir várias lojas físicas próprias.

3. Acesso a um público qualificado

Os consumidores que frequentam a loja varejista anfitriã já têm um perfil específico, o que significa que a marca que está no modelo “Store in Store” tem acesso a um público qualificado e interessado, o que pode aumentar as chances de conversão em vendas. Por exemplo, se uma marca de roupas de luxo se instala em uma loja de departamento de alta qualidade, ela estará atraindo consumidores que estão dispostos a investir em produtos premium.

Por isso, é importante que ambas as marcas associadas tenham alguma relação, e que o público-alvo das duas sejam parecidos ou até o mesmo. Caso isso não ocorra, pode ser que não haja vantagem no modelo.

4. Aumento das vendas para o varejista anfitrião

Embora o modelo “Store in Store” beneficie principalmente a marca que está sendo instalada, ele também pode trazer vantagens para o varejista anfitrião. Ao oferecer a possibilidade de ter marcas renomadas em seu interior, o varejista pode aumentar a atratividade de sua loja, gerar mais tráfego e, consequentemente, aumentar as vendas. Em muitos casos, o varejista pode negociar uma porcentagem das vendas realizadas na loja dentro da loja, o que traz benefícios financeiros.

Exemplos de “Store in Store” no mercado

O conceito de “Store in Store” tem sido adotado por diversas grandes marcas e redes de varejo em todo o mundo. Um exemplo clássico é o modelo adotado pelas marcas de cosméticos, como a Sephora, que possui lojas dentro de grandes redes de departamentos como a Macy’s, nos Estados Unidos. As lojas da Sephora são pequenas, mas oferecem uma experiência completa de compra, com uma variedade de produtos de beleza e consultores de beleza disponíveis para ajudar os consumidores.

Outro exemplo é o conceito de lojas de eletrônicos dentro de grandes varejistas de produtos de consumo, como a Best Buy, que instala suas seções de produtos Apple, Samsung e outros dentro de suas próprias lojas. Esse modelo tem sido bem-sucedido, pois cria uma experiência de compra mais especializada, com um atendimento focado nas necessidades dos consumidores interessados em produtos tecnológicos.

Desafios do modelo

Embora o conceito de “Store in Store” tenha muitos benefícios, ele também apresenta desafios que precisam ser considerados pelas marcas e varejistas. Um dos maiores desafios é a gestão do espaço. A marca precisa garantir que o design e a disposição do espaço dentro da loja estejam alinhados com sua identidade, o que pode ser um desafio quando se está operando dentro de outra loja.

Além disso, a gestão do estoque e o treinamento dos funcionários também podem ser complexos, já que a loja dentro da loja precisa ter um atendimento especializado, mas ao mesmo tempo deve estar integrada com as operações do varejista anfitrião. A coordenação entre as duas partes é fundamental para garantir que o processo de venda seja eficiente e que a experiência do consumidor seja positiva.

Conclusão

O conceito de “Store in Store” está revolucionando o mercado de varejo ao oferecer vantagens significativas tanto para as marcas quanto para os varejistas. Esse modelo permite que as marcas tenham uma presença física de forma mais acessível e econômica, enquanto os varejistas conseguem diversificar sua oferta de produtos e atrair mais clientes.

Imagem: Mike Petrucci em Unsplash