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Comportamento

Após sofrer com falência dos rins, Gisele Hedler fatura R$ 10 milhões na área de saúde

Mentora de negócios e especialista em desenvolvimento humano, a gaúcha criou a Faculdade Saúde Avançada, que hoje conta com mais de 30 mil alunos pelo Brasil

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Gisele Hedler é uma mulher branca, de cabelos lisos, compridos e pretos, e está sentada à mesa de computador usando batom vermelho vibrante e roupa azul

Uma doença grave nos rins levou Gisele Hedler a mudar completamente seus hábitos de vida e, ainda, a fazer da saúde um grande negócio de faturamento milionário. Essa é a história de empreendedorismo por trás da gaúcha, empresária que hoje também atua como mentora de negócios, especialista em psicologia positiva e sócia da Faculdade de Saúde Avançada, que fatura R$ 10 milhões e conta com mais de 30 mil alunos pelo país afora. 

Apesar do sucesso da sua empresa na área de educação, sua trajetória nem sempre foi uma crescente. De origem humilde, Hedler sempre sonhou em empreender para crescer profissionalmente e mudar de vida, então trabalho e oportunidade sempre foram seu foco. De planfleteira, com apenas 15 anos, Gisele Hedler espera faturar R$ 21 milhões neste ano de 2023 – receita referente à sua instituição de ensino e às suas mentorias de empreendedorismo.

Além do sonho de empreender desde criança, com o objetivo de mudar o rumo da sua história, Gisele Hedler conta que escolheu apostar suas fichas na área da saúde após uma experiência pessoal traumática. Aos 14 anos, ela lembra que seu pai foi diagnosticado com falência dos rins e passou a fazer hemodiálise. Anos depois, ele não resistiu e faleceu. A fim de entender o que havia acontecido com ele, Gisele começou a estudar sobre as emoções que ativam os genes das doenças. Essa reviravolta na história da empreendedora a fez intensificar seus estudos e sua paixão pela área da saúde. “Compreendi racionalmente as emoções, que talvez tivessem levado os rins do meu pai, mas, anos depois, fui além e comecei a cursar a faculdade de nutrição. Durante esse período, me interessei sobre alergias alimentares tardias”, comenta a especialista.

Gisele Hedler é uma mulher branca, de cabelos lisos, compridos e pretos, e está sentada à mesa de computador usando batom vermelho vibrante e roupa azul

Como tudo começou

Em 2017, Gisele Hedler descobriu que tinha a mesma doença do seu pai. Hoje, a gaúcha tem apenas 28% da sua função renal. O que poderia ser motivo de desespero, na verdade foi combustível para intensificar seus estudos e sua paixão pela área da saúde, uma vez que toda essa bagagem representaria para uma oportunidade de ter uma qualidade de vida muito superior à que seu pai teve acesso. “Sinto a necessidade de levar esse conhecimento sobre como o bem-estar do corpo e da mente afeta nossa saúde como um todo, pois meu pai não teve acesso a nada disso”, pontua.

Além disso, aos 28 anos, Hedler conta que começou a ter crises constantes de enxaqueca e constipação intestinal – sintomas que tinha desde pequena, mas que se agravaram na vida adulta. Depois de anos de investigação e de muitos exames, em uma consulta com um nutricionista funcional, ela descobriu que tinha alergias alimentares e mudou radicalmente sua dieta. Com isso, seus sintomas diminuíram e ela começou a trabalhar para esse nutricionista, acompanhando os pacientes e prestando serviços de chef funcional. “Eu queria que as pessoas soubessem que aquilo que comemos pode, na verdade, estar nos adoecendo. Por isso, cheguei até a cursar a faculdade de nutrição e, nessa época, comecei a estudar sobre alergias alimentares tardias”, afirma.

No caminho certo

Na faculdade de nutrição, Gisele percebeu que não se falava muito sobre a relação entre doenças, emoções e escolhas alimentares. “Entendi que muitos profissionais da área da saúde não estavam voltando sua atenção para a ligação entre a vida emocional e a vida nutricional, percebi também que ninguém estava falando sobre “alergias tardias” como aquele nutricionista havia falado comigo. Vi então um gargalo no mercado que poderia ser explorado, além de deixar um legado após essa minha experiência pessoal”, pontua.   

Movida então por um propósito, em 2018 ela se uniu ao nutricionista que a ensinou sobre alergias tardias e, juntos, começaram a vender cursos on-line sobre Nutrição Funcional, em que ele dava as aulas e Gisele ficava à frente da gestão e da publicidade. A nova forma de empreendimento deu tão certo que, no mesmo ano, faturaram R$ 2 milhões e decidiram concretizar um sonho juntos: fundaram a Faculdade Saúde Avançada, que conta hoje com mais de 30 mil alunos e já lhe rendeu um faturamento de R$ 42 milhões em 5 anos.

Os sinais de que estava no caminho certo eram claros. Ela se especializou em desenvolvimento pessoal, e, com o seu diagnóstico de falência dos rins, começou a fazer banhos de imersão em água gelada, pois nenhum medicamento surtia efeito, e viu seus exames apresentarem resultados significativamente melhores. Hoje, ela dissemina esse e outros conhecimentos em suas redes sociais.

Além da Faculdade de Saúde Avançada (FSA), Gisele também lançou, no início de 2023, um colágeno de desenvolvimento próprio. “Eu fiz 40 anos e queria tomar um colágeno bom. Mas a maioria dos suplementos disponíveis hoje no Brasil, têm os ativos necessários mas não têm a dosagem integral. Tem que ter uma sincronia de nutrientes que, juntos, absorvam e façam diferença para o que precisa ser construído”, explica. O sucesso foi tanto que, antes mesmo de receberem o produto, venderam toda a primeira remessa em uma live realizada no Instagram, e ela prevê um faturamento de R$ 21 milhões para esse ano, sendo 15% da receita por causa do colágeno.

Imagem: Assessoria