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Aves natalinas puxam alta de preços e encarecem a ceia de Natal em 2025, aponta Neogrid

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A ceia de Natal deve ficar mais cara para o consumidor brasileiro em 2025, segundo um estudo da Neogrid, ecossistema de tecnologia e inteligência de dados voltado à gestão da cadeia de consumo. O levantamento analisou os produtos mais buscados no período e identificou altas de até 65,3% nos preços em relação ao ano passado, com destaque para as aves natalinas e as oleaginosas.

De acordo com a pesquisa, as aves natalinas registraram aumento médio de 42,8%, passando de R$ 44,01 em outubro de 2024 para R$ 62,88 no mesmo mês de 2025. O maior avanço foi observado no peru, cujo preço médio subiu 65,3%, de R$ 22,52 para R$ 37,23. O pernil também apresentou alta, com o valor médio passando de R$ 34,50 para R$ 37,96 na comparação anual.

O bacalhau seguiu a mesma tendência de elevação. O tipo dessalgado e congelado teve alta de 17,8%, saindo de R$ 126,61 para R$ 149,26, enquanto o bacalhau salgado e seco registrou aumento de 22,2%, passando de R$ 72,44 para R$ 88,57.

Por outro lado, o estudo aponta queda no preço do lombo suíno, que recuou 12,6%, passando de R$ 32,94 para R$ 28,76, tornando-se uma alternativa entre as proteínas da ceia. Os azeites também apresentaram retração: o azeite de oliva virgem caiu 20,5% e o extra virgem recuou 17,4% no período analisado.

Segundo a Neogrid, fatores como variações climáticas, redução da produção nacional e valorização do dólar, com maior direcionamento para exportações, ajudam a explicar as oscilações nos preços. “Percebemos que as cadeias produtivas estão respondendo de maneira muito diferente às pressões do mercado”, afirma Anna Carolina Fercher, líder de Dados Estratégicos da Neogrid.

“Enquanto algumas proteínas lidam com custos de reposição mais altos e uma oferta que não acompanha a demanda, o que naturalmente puxa a alta dos preços, outras, como o lombo suíno, demonstram maior capacidade de estabilização ao longo do ciclo”, analisa Fercher. “Essa assimetria traduz porquê não estamos diante apenas de um Natal mais caro, mas de um período em que o consumidor encontrará comportamentos de preço muito distintos dentro da mesma cesta.”

Além das aves natalinas, as oleaginosas aparecem entre os itens que mais pressionam o orçamento da ceia. As amêndoas lideraram as altas, com aumento de 20,1%, passando de R$ 161,33 para R$ 193,74. As castanhas subiram 19,7%, enquanto o mix de castanhas avançou 13,4%. As nozes registraram elevação de 6,7%. O pistache foi a exceção, com leve queda de 0,5%, de R$ 244,49 para R$ 243,31, permanecendo como o item mais caro da categoria.

Entre os ingredientes utilizados em panetones, bolos e sobremesas, as frutas cristalizadas tiveram aumento de 11,3%, e a uva-passa subiu 8,7%, alcançando R$ 75,18 por quilo.

Na categoria de bebidas, o estudo identificou comportamentos distintos. O espumante sem álcool apresentou alta de 13,6%, passando de R$ 36,95 para R$ 41,99. A sidra registrou aumento de 4,7%. Em contrapartida, os espumantes nacionais ficaram 9% mais baratos, com o preço médio caindo de R$ 85,28 para R$ 77,54, enquanto os importados recuaram 6,3%, de R$ 155,01 para R$ 145,11.

Os vinhos finos nacionais tiveram alta de 9,9%, passando de R$ 45,31 para R$ 49,81. O vinho fino importado avançou 4,1%, de R$ 65,85 para R$ 68,60, e o vinho de mesa subiu 5,1%, chegando a R$ 26,50. No segmento de cervejas, a clara aumentou 4,7%, enquanto a escura subiu 1,9% e a sem álcool teve elevação de 1,8%, mantendo relativa estabilidade em relação ao ano anterior.

Imagem: Divulgação/BRF

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