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Black Friday 2023: empresas adquirentes podem auxiliar varejo

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Sacola escrito Black Friday

Uma das principais e mais acirradas datas do varejo chegou, para a alegria e tensão do setor. Sem a Copa do Mundo para bater de frente, como em 2022, a Black Friday se torna foco novamente, com 55% dos varejistas mantendo um otimismo cauteloso quanto à melhora das vendas, segundo pesquisas do Reclame Aqui. O período é ideal para avaliar o que deu certo e o que não deu certo no último ano para reforçar as estratégias deste ano.

O papel das empresas adquirentes, por sua vez, é garantir praticidade e segurança nas transações. Para além disso, tornam-se também importantes fontes de dados para os negócios dos seus clientes. Empresas adquirentes possuem uma riqueza de informações relacionadas a transações de cartão de crédito e débito, e mesmo de outros meios de pagamento, que podem ser utilizadas pelos varejistas para entender melhor o comportamento do consumidor e tomar decisões embasadas nesta experiência.

A Black Friday movimenta os marketplaces como nunca, mas vale lembrar que ela acontece numa sexta-feira de trabalho. Há sempre um pico de vendas que pode ser no horário de almoço ou no fim do expediente, por exemplo, e isso precisa ser levado em consideração no reforço do atendimento e suporte ao cliente.

No que diz respeito aos meios de pagamento, especulo que neste ano o Pix será ainda mais forte – considerando que em 2022 já se consolidou como segundo meio de pagamento mais utilizado na temporada de Black Friday, ficando atrás apenas dos cartões, conforme estudo da Neotrust e Infracommerce. Isto sempre dependerá do tipo de negócio e do tamanho da operação, mas é importante avaliar quais as vantagens de se realizar uma venda por Pix – que confere a liquidez imediata – e se faz sentido oferecer um desconto para incentivar os clientes a colocarem mais produtos no carrinho.

A gestão de pagamentos é uma parte importante da gestão de negócios. Por isso, as empresas de pagamento têm investido em tecnologias e soluções para analisar resultados e elaborar insights, que serão cada vez mais completos no futuro próximo.

No mais, é claro que o ideal é dispor de uma equipe de dados com visão do todo do negócio, sistemas sofisticados para acompanhar o fluxo do marketplace, elaboração de análises de perfis de clientes, dashboards de monitoramento, times para acompanhar a concorrência e muito mais. Mas nem sempre este cenário é possível, sendo assim, é interessante olhar para o que já temos à disposição e montar um melhor planejamento com isso.

Um questionamento central muito importante para se fazer é: qual o meu objetivo para a Black Friday deste ano? Aumentar o ticket médio? Diminuir trocas de produtos? Alavancar a venda de um produto ou serviço especificamente?

Com isso em mente e entendendo quais os dados que me faltam, posso buscá-los em pesquisas de mercado, estudar melhor a concorrência, meu público e assim, traçar estimativas. Outras provocações que os empreendedores devem fazer são: vale a pena estender a Black Friday para toda a semana? Para todo o mês? Qual o produto que promete se destacar? Como posso oferecê-lo de maneira atrativa? Quais áreas, realmente preciso investir e automatizar para melhorar a experiência do cliente?

Recentemente, o Google divulgou um estudo que diz que os consumidores consultam, em média, seis canais diferentes antes de efetuar a compra. O que posso fazer para que o meu site tenha uma maior taxa de conversão nesse contexto? A Black Friday deste ano deve servir para o varejista coletar mais dados, traçando o desenho mais preciso do seu negócio já pensando no evento do ano que vem.

A realização de um bom pós-venda é um diferencial para reter os consumidores sempre atentos às suas experiências de compras. Já a atenção às fraudes e segurança, por sua vez, são necessárias para garantir maior controle para a empresa e evitar perdas.

Sabemos que o sucesso desta temporada exige não apenas estratégia, mas um entendimento do mercado e do comportamento do consumidor. Nesse sentido, as empresas adquirentes estão prontas para ajudar os varejistas a solidificar a segurança nas vendas e extrair insights para melhorar seu desempenho.

* Graduado em Engenharia Mecatrônica pela Universidade Paulista (UNIP), Rodrigo Caldoncelli é o atual Superintendente de Analytics da Getnet Brasil, empresa de tecnologia para soluções de pagamentos do grupo global PagoNxt, do Santander. O executivo possui mais de 25 anos de experiência em gestão de dados e inteligência analítica e é pós-graduado nas áreas de Gestão Financeira e Risco, Modelagem de Fraude, Marketing Quantitativo e Gestão Estratégica, além de ter feito mestrado em Administração, Negócios e Marketing pela FIA Business School.

Sacola escrito Black Friday

Imagem: Envato