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Brasil ainda está atrás no comércio omnicanal, diz estudo

Menos da metade dos varejistas brasileiros oferecem opções que integrem loja física e e-commerce; Brasil, por sua vez, é um dos países que mais prioriza sustentabilidade nas compras

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Pessoa amarrando uma caixa de entrega de produto; e-commerce brasileiro

Uma pesquisa internacional realizada pela Manhattan Associates, empresa de soluções para cadeia de suprimentos e comércio omnicanal, revelou que os consumidores brasileiros estão à frente da média global quando se trata de priorizar a sustentabilidade nas compras. Enquanto a média global de consumidores que consideram a sustentabilidade uma prioridade é de 13%, no Brasil esse número sobe para 25%. O país ficou atrás apenas do México, com 33%, e à frente de EUA (13%) e Alemanha (11%).

O estudo, intitulado “Omnichannel Retail Trends 2023”, foi conduzido com mais de 6 mil consumidores em diversos países. A pesquisa avaliou atitudes em relação ao papel da loja física, opções inovadoras de atendimento, sustentabilidade, visibilidade do estoque, conveniência, consistência entre canais e mudanças no comércio. Além disso, entrevistou 1.150 gestores ou executivos de organizações de varejo de nível 1 sobre planos de investimento baseados em tecnologia.

Quando se trata de experiência omnicanal, os varejistas brasileiros ficam abaixo da média global. Se 54% dos consultados oferecem a opção de compra na loja e devolução online, apenas 40% dos respondentes brasileiros trazem tal alternativa para os consumidores, enquanto 48% fornecem a opção oposta. A acuracidade do inventário também é um desafio, com varejistas brasileiros relatando uma precisão de 66,9%, comparada à média global de 70%.

A pesquisa também revelou que, em tempos financeiros difíceis, os brasileiros são menos fiéis à marca, com 61% buscando alternativas mais baratas. No cenário global, a média é de 49%. Quanto à interação com os varejistas, o e-mail continua sendo o canal preferido globalmente (47%), enquanto no Brasil, as redes sociais lideram com 84%.

Natalie Berg, analista de varejo, destaca a progressão dos varejistas na oferta de experiências omnicanal perfeitas. “À medida que o papel da loja física evolui além do simplesmente transacional, os papéis dos funcionários da loja também devem evoluir além de simplesmente auxiliar na venda. Munidos com as tecnologias certas e inventário preciso e dados de clientes, eles têm o poder de educar, inspirar e, em última análise, criar uma fidelidade duradoura à marca, mesmo em tempos de dificuldades econômicas.”

A pesquisa envolveu 6.000 consumidores e 1.150 gestores em organizações de varejo de nível 1. Os resultados destacam a importância crescente da sustentabilidade nas decisões de compra, a necessidade de melhorias na experiência omnicanal e a importância da adaptação dos varejistas aos comportamentos do consumidor em tempo real.

O estudo também envolveu entrevistas online de março a maio de 2023, com consumidores e varejistas em países como Austrália, Bélgica, Brasil, França, Alemanha, Itália, México, Holanda, Nova Zelândia, Espanha, Reino Unido e EUA.

Pessoa amarrando uma caixa de entrega de produto; omnicanal

Imagem: Envato

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