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Economia

Brasil é o maior exportador de comida industrializada do mundo

País pode deixar de ser ‘celeiro do mundo’ e se tornar ‘supermercado do mundo’; a indústria de alimentos cresceu 3,9%

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De acordo com dados do Icomex, FGV-Ibre e Abia, no acumulado de janeiro a setembro de 2023, a indústria de alimentos brasileira cresceu 3,9%. O Brasil, assim, acaba de se consolidar como o maior exportador de alimentos industrializados do mundo, à frente até mesmo dos Estados Unidos. Ao contrário do que geralmente se pensa, o Brasil – sim – tem uma indústria forte, só que em alguns setores, em detrimento de outros. 

Em contrapartida ao setor de alimentação, a indústria de transformação em geral regrediu -1,2% no mesmo período. O do petróleo, ao contrário, também subiu, com alta de 4,8%.

O país exporta, principalmente, produtos industrializados feitos a partir das commodities que produz. Cerca de 58% do valor produzido no agro no Brasil é processado pela indústria alimentícia. Os produtos abastecem o mercado nacional e internacional. São cerca de 38 mil empresas brasileiras que realizam esse trabalho, gerando cerca de 2 milhões de empregos.

Apesar de essa ser uma grande notícia, a dependência das commodities ainda é uma preocupação. Com as oscilações no mercado chinês e crise econômica do país asiático, o principal importador de produtos alimentícios do Brasil fica ameaçado. Além disso, a crise climática e o acúmulo de eventos extremos têm comprometido a constância e sucesso das plantações, que dependem da sazonalidade do clima.

Uma pesquisa divulgada pelo IBGE nesta terça-feira, 12, confirma as tendência de crescimento da indústria nacional. Entre os 15 locais pesquisados, 10 tiveram crescimento no segundo setor em outubro deste ano. Os maiores avanços individuais vieram de Pernambuco (12,4%), Bahia (8,1%) e Região Nordeste (4,2%), enquanto São Paulo (0,6%) registrou a segunda maior influência no resultado mensal. 

“Na Bahia, o setor de derivados do petróleo foi a principal influência positiva no mês em outubro, seguido por de produtos químicos e alimentos. Avaliando conjuntamente os resultados dos três meses anteriores, onde acumulou queda de 12,1%, o que podemos inferir sobre a indústria baiana é a mesma atmosfera conjuntural que observamos dentro da produção industrial nacional”, explica o analista da PIM Regional, Bernardo Almeida.

NRA Chicago

Imagem: Envato