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Brasil lidera mercado de fusões e aquisições na América Latina no 1º semestre

O Brasil manteve a liderança regional no mercado de fusões e aquisições (M&A) na América Latina durante o primeiro semestre de 2025. Segundo relatório divulgado pela Aon, em parceria com a TTR Data e a Datasite, o país foi o único da região a apresentar crescimento simultâneo no número de transações e no capital mobilizado.
De acordo com o levantamento, foram registradas 827 fusões e aquisições no Brasil entre janeiro e junho, movimentando cerca de US$ 25,6 bilhões. Em relação ao mesmo período de 2024, houve aumento de 1% no volume de operações e de 12% no valor total das transações. Além do Brasil, apenas Argentina e Colômbia apresentaram resultados positivos no semestre.
“A leve recuperação nos números reforça a atratividade do Brasil mesmo em um cenário desafiador. Observamos um amadurecimento nas estratégias de investidores, que têm buscado transações mais alinhadas com o contexto local e com maior foco na gestão de riscos. A consistência do mercado brasileiro mostra resiliência e capacidade de adaptação”, afirmou André Nogueira, líder de M&A and Transaction Solutions para o Brasil na Aon.
Na América Latina, o relatório contabilizou 1.338 transações no período, com capital agregado de US$ 43,8 bilhões. Em comparação ao primeiro semestre de 2024, houve queda de 6% no número de operações, mas crescimento de 7% no valor total movimentado.
“Apesar de uma queda de 6% no número de transações, houve um aumento significativo de 7% no valor investido nelas, o que demonstra que o mercado está mais seletivo e menos líquido. Esse cenário reflete o momento global de incerteza, ligado a tensões geopolíticas, tarifas comerciais mais rígidas e eleições em países da América Latina, que acabam influenciando os investidores a tomarem decisões mais conservadoras. Ainda assim, os fundos de Private Equity seguem ativos na região, com estratégias cada vez mais adaptadas à realidade latino-americana, ajustando o modelo de investimento às práticas locais e buscando controlar os cenários de risco de forma cada vez mais antecipada”, explicou Pedro da Costa, líder de M&A and Transaction Solutions para a América Latina na Aon.
Imagem: Envato