Como varejistas podem se proteger de fraudes no e-commerce?

Imagem: Freepik

O E-commerce no Brasil e na América Latina não para de crescer, e se destaca em relação a outras regiões do globo. Em 2023, são mais de 80 milhões de pessoas no país que fazem compras online, em mais de 560 mil sites de comércio eletrônico. A estimativa é de que, até 2027, sejam mais de 107 milhões de compradores online no Brasil, de acordo com dados da ABComm. E, com isso, surgem dificuldades como as fraudes no e-commerce.

As movimentações no varejo online já eram uma tendência inevitável, porém, a pandemia acelerou muito as coisas. Segundo pesquisa da Visa Consulting & Analytics, desde 2020, cerca de 70 mil empresas entraram para o e-commerce. Em 2023, a previsão é de que o faturamento seja de R$ 185,7 bilhões. Só no primeiro trimestre do ano (de janeiro a março), o setor movimentou R$ 703 milhões, o que é 23% a mais que no mesmo período do ano passado.

Porém, um setor tão grande e robusto traz consigo desafios, e um deles são as fraudes feitas no e-commerce. Para fazer compras online, consumidores não precisam digitar sua senha, e, muitas vezes, o número do cartão de crédito já fica salvo no aparelho eletrônico. Assim, outras pessoas mal intencionadas podem fazer compras indevidas no cartão alheio, o que é conhecido como fraude. Segundo o Banklesstimes, 74% dos compradores já foram vítimas de algum tipo de fraude digital.

De acordo com o código de defesa do consumidor, quando uma fraude é detectada, a instituição financeira deve ser notificada pelo dono da conta bancária, e a compra é estornada. Porém, quem acaba pagando a conta dessa transação é o varejista, que, muitas vezes, fica sem o produto e sem a venda. Para evitar que isso aconteça, é de interesse de muitos varejistas do e-commerce diminuir, ao máximo, as fraudes em seus sites.

Uma das formas de combater as fraudes é por meio do monitoramento e prevenção de riscos. Por meio de bancos de dados, é possível reconhecer movimentações que pertencem a fraudadores, e evitar que essas compras aconteçam. É o que promove a empresa Clearsale, da qual Pedro Chiamulera, ex-atleta, é fundador.

“Nós somos uma consolidadora de dados do mercado, porque a melhor coisa para evitar a fraude é saber o que está acontecendo com os fraudadores. Porque eles atacam uma loja para atacar outra. Ele pega os seus dados e compra um celular, por exemplo. Aí ele recebe o produto, porque ele pode botar teu cartão e qualquer endereço de entrega. Mas nós sabemos que, se esse endereço de entrega é diferente de compra, já é mais arriscado. E se, por exemplo, nesse endereço, a cada 10 entregas já houve 7 fraudes, então a gente toma mais cuidado e faz uma análise mais minuciosa para aquele endereço então”, explica Chiamulera.

 

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Produto para Black Friday

Divulgação, site do produto

A Black Friday é uma das datas mais aquecidas do ano para o varejo. Em 2023, 2 a cada 3 consumidores pretendem fazer compras na data. E isso não é diferente no e-commerce (aliás, pode ser ainda mais avantajado). Segundo um estudo da NuvemShop, plataforma de lojas virtuais, 93% dos varejistas online pretendem participar da Black Friday, enquanto somente 53% fez parte em 2022.

Nesse contexto, é muito vantajoso para os comerciantes que vendem online ter um monitoramento dos dados de vendas para ajustar suas estratégias de acordo com tendências do mercado. É essa a proposta da Black Friday Hora a Hora, da Neotrust, empresa também de Chiamulera, que faz levantamentos e processamento de dados de diversos canais de e-commerce, traçando estratégias personalizadas para varejistas. A Neotrust atua em parceria com a Clearsale, e é ela a responsável por gerar os dados que serão usados para evitar fraudes no futuro.

Na data, o comerciante que adquire o produto consegue ter acesso em tempo real a tendências de compra, e tomar as melhores decisões a partir disso. A Black Friday Hora a Hora é um produto com os principais indicadores, como: faturamento, número de pedidos, ticket médio, perfil do consumidor, top categorias, top marcas, aberturas por região, departamentos e subcategorias.

“A maioria dos varejistas começa a planejar Black Friday com antecedência, e 50% das pessoas já sabe que é o grande momento de desconto. É uma grande festa do varejo digital. Com o produto da Black Friday hora a hora, o varejista vai entender como é que se usa toda a estratégia de vendas. Por exemplo, ‘eu achei que esse produto ia vender para caramba e, apesar da promoção, não vendeu’. Com nosso monitoramento é possível por quê isso aconteceu, e mudar a tempo”, explica Chiamulera.