Consumo de sorvetes cresceu 15% no Brasil em 2023

As ondas de calor causadas pelo fenômeno El Niño fizeram com que os brasileiros estejam consumindo mais sorvetes. No ano passado, o consumo de sorvetes no país aumentou 15%, totalizando 438 milhões de litros. Para 2024, o setor espera um crescimento adicional de 5%.

De acordo com a Abrasorvete, associação que representa fabricantes, fornecedores, distribuidores e varejistas de sorvete, esses números são impulsionados tanto pelo clima quente, especialmente em 2023, considerado o ano mais quente desde 1961 de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, quanto pelo lançamento de novos produtos e sabores pelas empresas, alcançando assim um público maior.

“Tivemos muitos investimentos em novas linhas de produtos e o clima foi bastante favorável em algumas regiões, com frentes de calor que ampliaram consideravelmente as vendas”, comentou Martin Eckhardt, presidente da Abrasorvete.

Apesar de os dois maiores fabricantes — Froneri, produtora dos sorvetes Nestlé, e Unilever, fabricante dos sorvetes Kibon — não serem membros da associação, os números da Abrasorvete representam toda a indústria. As vendas de açaí e sorvetes de massa servidos em casquinhas em sorveterias não estão incluídas nesses dados, o que elevaria o consumo total para 600 milhões de litros por ano.

Com um faturamento anual de R$ 16,5 bilhões, a indústria tem previsão de atingir R$ 20 bilhões até 2028, um crescimento de 21%. Em uma década, a meta do setor, estabelecida na campanha “50 em 10”, é aumentar o consumo de sorvetes no Brasil em pelo menos 50% nos próximos dez anos.

Para atrair novos consumidores e melhorar a margem de lucro, a indústria tem diversificado seu portfólio, incluindo ingredientes como pistaches, avelãs e caramelos salgados.

Além disso, a indústria está expandindo suas linhas de produtos, lançando bebidas geladas, bolos e outros doces para aumentar o faturamento fora da temporada de verão, quando o consumo de sorvete é maior.

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