Estratégias para criar uma cultura de trabalho inclusiva

A diversidade e inclusão foram temas recorrentes no primeiro dia da SXSW 2024, mas ainda há espaço para discutir o tema. Hoje, 9, durante o Radical Respect: How to Work Together Better, Wesley Faulkner e Kim Scott promoveram uma discussão profunda sobre como criar uma cultura de trabalho inclusiva com estratégias práticas, mostrando os desafios enfrentados nos ambientes de trabalho e soluções inovadoras que estão surgindo para combater preconceitos e bullying.

Durante o bate-papo, os apresentadores compartilharam experiências pessoais e exemplos concretos de como enfrentaram e superaram viés e preconceito em seus próprios ambientes de trabalho. Uma das histórias mais marcantes foi sobre como a esposa de Faulkner confrontou o preconceito de gênero, destacando a importância da coragem tanto para quem ouve quanto para quem fala em reconhecer e corrigir comportamentos prejudiciais.

Radical Respect: How to Work Together Better | Por: José Fugice

“A vergonha pode surgir quando nosso preconceito é apontado, mas é importante superá-la e aprender com a experiência para promover uma cultura de trabalho mais inclusiva”, destacou o especialista.

Kim Scott, especialista em diversidade, abordou a necessidade de estabelecer um vocabulário compartilhado para discutir questões de preconceito. Ela explicou como o uso de um “sinal de bandeira roxa” pode ser uma ferramenta eficaz para chamar a atenção de forma não confrontacional para comentários ou comportamentos enviesados. Esse vocabulário compartilhado não apenas facilita a comunicação, mas também ajuda a criar uma cultura de responsabilidade coletiva na identificação e correção de preconceitos.

“A comunicação eficaz não se resume apenas ao que é dito, mas também à forma como é recebido pelo ouvinte. Reconhecer quando algo não está sendo recebido da maneira correta é fundamental”, ressaltou Scott.

Radical Respect: How to Work Together Better | Por: José Fugice

A criação de uma cultura de trabalho inclusiva e livre de preconceitos requer esforço contínuo e comprometimento. Veja abaixo um apanhado das estratégias que você pode implementar para a promoção de um ambiente seguro para todos os colaboradores:

Coragem para confrontar: os especialistas destacaram a importância da coragem tanto para quem ouve quanto para quem fala em reconhecer e corrigir comportamentos enviesados;

Estabelecimento de vocabulário compartilhado: a criação de um vocabulário compartilhado, como o uso do “sinal de bandeira roxa”, facilita a comunicação e promove uma cultura de responsabilidade coletiva na identificação e correção de preconceitos;

Consequências para comportamentos prejudiciais: os líderes empresariais devem estabelecer consequências para comportamentos preconceituosos e discriminatórios, além de oferecer treinamentos e políticas internas até medidas disciplinares, dependendo da gravidade da situação;

Aprendizado e superação da vergonha: reconhecer e superar a vergonha quando o bullying é apontado é fundamental para promover uma cultura de trabalho mais inclusiva. Isso requer disposição para aprender com a experiência e buscar constantemente melhorias.

José Fugice para Central do Varejo – Acompanhe o autor no LinkedIn

Imagens: José Fugice
Missão realizada em parceria com a Wake, Squid, Grupo Popular e Kreativ!