Economia
Expectativas dos analistas para Selic sobem para 10,25%
Projeções da inflação também sobem; PIB estabiliza
Nesta segunda-feira (27), o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC) trouxe novas atualizações sobre as projeções dos analistas do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do Brasil. Desta vez, o destaque ficou por conta da alta nas expectativas da taxa Selic, a principal taxa de juros do país, após duas semanas de estabilidade.
A expectativa para a taxa de juros no final de 2024 agora é de 10,25%, marcando um aumento de 0,25% em relação às previsões anteriores. Para 2025, a projeção foi ajustada de 9% para 9,18%, rompendo um período de cinco semanas consecutivas com a previsão estável em 9%. Já para 2026, as expectativas para a Selic permanecem estáveis em 9% pela terceira semana consecutiva.
As projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também foram elevadas pela quarta semana consecutiva. A expectativa para 2024 passou de 3,86% para 3,88%. A média das 115 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis subiu para 3,90%, indicando um cenário de pressão inflacionária. Para 2025, a projeção subiu de 3,75% para 3,77%, enquanto para 2026, o índice passou de 3,58% para 3,60%.
As projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) permanecem estáveis nesta edição. A média das expectativas para 2024 continua em 2,05%, mesma projeção de um mês atrás. Para 2025 e 2026, as previsões também se mantiveram em 2%, com a primeira inalterada pela 25ª semana e a segunda pela 43ª semana consecutiva.
Os economistas mantiveram suas expectativas para a taxa de câmbio em relação à edição passada do Boletim Focus. O dólar continua projetado para encerrar 2024 em R$ 5,05.
O Boletim Focus é uma pesquisa semanal conduzida pelo Banco Central, que coleta projeções de economistas de instituições financeiras. As previsões apresentadas no boletim refletem as expectativas do mercado para os indicadores econômicos e não a opinião oficial do Banco Central.
As projeções de inflação são estimativas que podem ser ajustadas ao longo do tempo, influenciadas por diversos fatores, como a evolução da economia global, os preços das commodities e a política monetária adotada pelo Banco Central.
Imagem: Agência Brasil
