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Economia

Famílias brasileiras têm maior nível de endividamento desde 2022

De acordo com CNC, a tendência de crescimento no endividamento continua, porém, inadimplência se estabiliza

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Mulher fazendo compras em ecommerce com cartão de crédito na mão

De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o nível de famílias endividadas no Brasil aumentou em maio pela terceira vez consecutiva, atingindo 78,8%, o maior número desde novembro de 2022, quando era de 78,3%. 

Além disso, o percentual de pessoas que se consideram muito endividadas chegou a 17,8% em maio, acima de abril (17,2%). Segundo a análise da Confederação, esse movimento pode ser resultado das menores taxas de juros (uma vez que a Selic vem caindo desde agosto do ano passado). Porém, outras análises mostram uma dificuldade das camadas de renda baixa em arcar com as despesas mensais.

Por outro lado, o número de pessoas inadimplentes, ou seja, aquelas com dívidas em atraso, se manteve o mesmo do mês anterior, 28,9%, e menor que o registrado no mesmo mês do ano passado (29,1%). De acordo com o CNC, isso pode indicar um cuidado maior das famílias ao fazer compras, especialmente as de alto custo.

Entre as famílias pesquisadas, 12% delas não terão condições de pagar suas dívidas, percentual abaixo dos 12,1% do mês anterior, mas acima dos 11,8% de maio de 2023.

Os principais fatores de endividamento no Brasil hoje, segundo o CNC, são cartão de crédito (86,9%), carnês (16,2%) e crédito pessoal (9,8%). A tendência é que as famílias continuem se endividando ainda mais até dezembro, quando deverá chegar a 80,4%.