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Marketing

Filme Barbie e a personalização na experiência do shopper

Para o Superintendente da C2C, divisão de marketing promocional do Gi Group Holding, a estratégia de marketing pode ser analisada como uma forma poderosa de se conectar com os consumidores, aproveitando elementos emocionais e compartilháveis para criar uma experiência marcante e positiva com a marca Barbie

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Um assunto que vem ganhando as redes sociais e a mídia de forma geral é a estratégia de divulgação do filme Barbie, uma boneca com mais de 60 anos de história e que ainda conquista públicos de diferentes idades. A discussão é sobre como essa estratégia vem causando uma onda de experiências imersivas, sensorial e personalizada ao público, cuja escolha da roupa para ir ao cinema, inclusive, vem sendo induzida pela comunicação geral do filme.

Pensar em experiência personalizada e casar isso com o comportamento do shopper e a rapidez como essa conexão vem ocorrendo é desafiador, porém não impossível.

O Superintendente da C2C, divisão de marketing promocional do Gi Group Holding, Julio Bastos, explica que a personalização não necessariamente está em fazer algo único a cada consumidor, e sim fazer com que cada pessoa se sinta única no momento da experiência. ”O essencial é pensar em como transformar ideias e experiências em algo escalonável. Afinal, ao mesmo tempo em que o cliente quer fazer parte da tendência, também deseja se sentir exclusivo”, comenta.

Essa estratégia de marketing envolvendo as reproduções das caixas das bonecas Barbie pode ser analisada como uma maneira eficaz de atrair a atenção dos consumidores de forma memorável. A ação não varia para cada cliente individualmente, mas cada indivíduo que a vivencia tem uma experiência distinta e pessoal.

Para o executivo, essa ação pode se mostrar eficaz para fortalecer o engajamento com a marca Barbie, estabelecendo conexões emocionais com os consumidores. “Por um lado, essa iniciativa pode despertar uma onda de nostalgia para muitos adultos, relembrando suas brincadeiras de infância com a icônica boneca Barbie, evocando memórias afetivas e sentimentos positivos. Por outro lado, alguns participantes enxergam essa experiência como uma oportunidade para compartilhar uma parte de suas vidas nas redes sociais, escolhendo cuidadosamente seus looks para o evento e aproveitando a estrutura montada para criar uma foto instagramável”, explica Bastos.

Além disso, a divulgação espontânea nas redes sociais proporciona uma ampla exposição da marca, alcançando potenciais novos clientes por meio da viralização das imagens compartilhadas.

Colher e analisar dados: a saída para personalizar experiências

Para entender as necessidades e os desejos do shopper e prever que tipo de experiência será atrativa, colher e analisar dados é algo imprescindível. O uso de dados não é uma estratégia nova, o que entra de novidade na jogada é a utilização da Inteligência Artificial e tudo o que a tecnologia pode ofertar. Apenas dessa forma será possível acompanhar os novos comportamentos de compra e o mais importante: as novas gerações de shoppers.

Estar por dentro de assuntos atuais, mapear o que está fazendo barulho no Brasil e no mundo e trazer essas tendências de alguma forma para o PDV geram no shopper um sentimento de conexão, atualização e exclusividade. “Sempre falamos sobre inteligência aplicada na tomada de decisão e desenho de ações regulares e sazonais, porém cada vez mais se faz necessário pensar fora da caixa para se destacar em meio à concorrência”, comenta Julio Bastos, especialista em trade marketing e vendas da Gi C2C.

Afinal, inúmeros vendedores apostaram em alguma experiência relacionada ao filme Barbie – o que fazer, então, para se destacar em meio a tanto cor de rosa?

O uso de IA pode promover uma experiência phygital memorável e disruptiva. Por exemplo: uma gôndola onde você pode ter uma receita prática de culinária e que possa ser enviada por WhatsApp ao shopper, e que indique o melhor vinho, sobremesa ou até mesmo a ocasião em que ela pode ser preparada, além de gerar no consumidor o desejo e novas ideias de uso do produto, faz a marca permanecer na mente dele por meio de uma experiência que saiu do tradicional.

Voltando à boneca mais famosa do mundo e à reprodução das caixas gigantes da Barbie que invadiram o varejo: a estratégia casou muito bem com lojas de roupas, uma vez que os consumidores podiam sair com o look novo direto para a foto nas redes sociais. Nesse caso, uma opção do uso da IA no PDV poderia ser um tablet, ou QR code, na caixa que levasse a uma pesquisa rápida de preferências e que, ao final, sugerisse looks prontos: captação de dados e oferta de experiência personalizada em uma mesma ação.

“Elaborar estratégias especiais para entrar nas trends depende de trabalhar o uso de dados das ferramentas de pesquisas do time de merchandising que está no dia a dia com o shopper e se aliar às redes varejistas na busca do uso de dados coletados no CRM/aplicativos dessas redes. Assim, com o uso de forma rápida e ágil dos dados e da tecnologia e com todos os insights que fornecem em tempo real, é possível conhecer melhor o shopper, gerar conexão com ele e, principalmente, personalizar sua experiência de compra”, recomenda Bastos.

Para Julio, entender as necessidades e as expectativas das gerações mais jovens é essencial para o sucesso do trade marketing. “Quando pensamos nas gerações mais jovens, como millenials e geração Z, o uso de tecnologia no trade marketing é essencial, do contrário estamos falando de um público que fica facilmente entediado. E não podemos esquecer que ainda temos novas gerações surgindo e cada vez mais exigindo a atenção, exclusividade e inovação se destacarão na experiência e no resultado de vendas”, conclui.

Imagem: Divulgação