Operação
Nativa digital, Think Vegan prepara entrada física em redes de varejo
Apoiada na alta do interesse por cosméticos veganos, empresa do interior de SP busca levar produtos e informação a todo o país
A pandemia elevou as preocupações de todos com a saúde e com o planeta, e isso vem se refletindo diretamente nos hábitos de consumo. Segundo pesquisa da Coherent Market Insights (CMI), um dos segmentos mais beneficiados pela nova tendência é o de cosméticos veganos, cujo mercado global deve crescer 56% até 2030, chegando a um valor de US$25,09 bilhões. No caso do Brasil, esse movimento levou ao surgimento de empresas como a Think Vegan, que nasceu digital, mas agora se prepara para iniciar sua presença física no varejo.
Criada em 2021, na cidade de Araras, interior de São Paulo, desde o início a marca vem focando em vendas online para conquistar um público fiel e aos poucos disseminar a cultura do uso de cosméticos veganos. Agora, graças à boa aceitação do portfólio, que inclui shampoos, condicionadores e máscaras capilares, a empresa entende ser o momento de também estar presente nas gôndolas.
“Começamos com essa perspectiva de testar o produto junto ao consumidor final para ver o que as pessoas iriam achar. Tivemos um resultado incrível e mostramos que não é porque é vegano e sustentável que o produto tem de ser ruim. Com isso, nos sentimos fortalecidos para fazer a expansão para o Brasil todo na modalidade física”, revela Wal Flor, responsável pelo marketing da Think Vegan, em conversa exclusiva com a Central do Varejo.
Durante a edição deste ano da Apas Show, a marca conversou com supermercadistas de todos os cantos do país interessados em contar com os produtos nas lojas. “Falamos com gente de Manaus, Belém, Ceará, Rio Grande do Sul, Santa Catarina. Percebemos na prática aquilo que mostram os números de pesquisa: nosso mercado tem um potencial de crescimento enorme nos próximos anos. Varejistas estão chegando de todos os lugares e falando que existe espaço para nós”, diz.
Baratear e educar
Apesar dos avanços obtidos, Wal acredita que ainda há margem para o setor crescer ainda mais no Brasil. No entanto, o desafio passa por um intenso trabalho de educação de modo a levar os benefícios dos produtos veganos para um público cada vez mais amplo de forma simples e acessível, pois ainda existe muito desconhecimento sobre o tema.
“É uma linguagem pouco acessível. Falamos de zero sulfato, zero parabeno, zero petrolato, mas a maior parte dos consumidores não sabe o que isso significa e como é prejudicial à saúde e ao meio ambiente. Como explicar isso de forma didática? Educar as pessoas sobre os benefícios dos produtos naturais e veganos para não falar são somente de convertidos para convertidos é parte da nossa estratégia de atuação junto ao varejo”, esclarece.
Além de disponibilizar mais informações, a marca também considera essencial que os cosméticos sejam acessíveis do ponto de vista financeiro. Nesse sentido, a estratégia de estar presente de forma física nas lojas deve ajudar a Think Vegan a ganhar maior volume de vendas para baratear ainda mais sua oferta.
“Confiamos muito na estratégia que estamos montando para os próximos três anos. Somos uma marca muito inovadora, então há espaço para trabalharmos novas ideias não só nas gôndolas e nos produtos, mas também na comunicação e em todo o posicionamento junto ao varejo”, finaliza.
Imagem: Divulgação