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Nos EUA, compradores de varejo reagem a tarifas com IA

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Diante de desafios globais na preparação para as vendas de fim de ano, 78% dos compradores do setor varejista nos Estados Unidos afirmam ter utilizado ferramentas com inteligência artificial para aprimorar as atividades de compras, segundo a Deloitte’s 2025 Retail Holiday Buyer Survey. Quase três quartos deles disseram usar a tecnologia especificamente para lidar com mudanças nas políticas de tarifas.

Provadores virtuais

Na pesquisa, que entrevistou 50 compradores do varejo, os participantes relataram ter feito mais da metade dos pedidos para a temporada de fim de ano até o final de maio, cerca de dois meses antes em comparação aos dados levantados na pesquisa de 2024.

Ainda de acordo com o levantamento, 78% dos entrevistados estão preocupados em alcançar níveis adequados de estoque e 76% demonstram preocupação com a confiabilidade dos fornecedores devido a tensões geopolíticas.

O impacto da mudança no comportamento do consumidor e do cenário comercial em transformação está entre as principais preocupações para o período. No novo levantamento da Deloitte, 20% dos compradores disseram ter pausado o envio de alguns pedidos até que o ambiente comercial esteja mais estável e 18% chegaram a cancelar pedidos considerados não lucrativos. A pesquisa foi realizada entre 20 de maio e 4 de junho, período em que as políticas tarifárias dos Estados Unidos continuaram a mudar semanalmente.

Quase metade dos compradores afirmou que pretende buscar novos fornecedores, enquanto uma parcela menor planeja negociar melhores condições com os atuais parceiros ou ampliar a compra de produtos de origem nacional. Nos últimos meses, diversas empresas do varejo, como Target, Best Buy e Warby Parker, anunciaram ações para mitigar o impacto das tarifas, incluindo a compra de produtos de novos países, especialmente fora da China.

Além disso, 76% dos compradores ouvidos esperam que os consumidores adquiram bens não essenciais apenas durante períodos promocionais. Essa percepção se soma a um relatório publicado em junho pela Deloitte, que apontou que consumidores sensíveis a preços preveem gastar entre 40% e 50% menos neste ano com itens não essenciais.

Imagem: Divulgação
Informações: Dani James para Retail Dive
Tradução livre: Central do Varejo

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