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O setor de bem-estar está preparado para atender a geração Alpha?

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Os Millennials, geração hiperconectada nascida entre 1981 a 1996, têm abraçado um estilo de vida que prioriza o equilíbrio entre corpo e mente. O que era considerado um luxo para poucos, hoje, práticas como meditação, yoga e massagens tornaram-se essenciais para lidar com o dia a dia estressante. Esse movimento vem revolucionando, além do estilo de vida, toda a dinâmica do mercado do bem-estar.

Tenho certeza que essa nova rotina influenciará diretamente a próxima geração, a Alpha, que é formada por pessoas nascidas a partir de 2010. Se hoje a tecnologia é um dos desencadeadores da ansiedade, os próximos jovens e adultos precisarão ainda mais dessas válvulas de escape.

Agora, surge a pergunta inevitável: o que esse legado representa para a Geração Alpha? Mais importante ainda, o setor de bem-estar está pronto para antecipar suas expectativas e atender às necessidades de quem cresceu cercado por tecnologia, desafios emocionais e exemplo constante de autocuidado e hábitos saudáveis?

Diante desse fato, vejo que o setor de bem-estar está à frente de uma oportunidade, e ao mesmo tempo, de um desafio. A herança deixada pelos Millennials para os Alphas vai além do exemplo: ela molda as expectativas. O bem-estar, para eles, não será uma escolha ou um modismo, mas uma necessidade fundamental, assim como ter acesso à saúde, educação e segurança.

Os Alphas trarão novas exigências que afetarão o setor de bem-estar e o RH das empresas. Do setor, eles esperam que os serviços de bem-estar sejam acessíveis e integrados à tecnologia, mas sem abrir mão da conexão humana e da autenticidade. Mais que isso, vão buscar praticidade, como por exemplo, uma plataforma que conecte famílias inteiras a atividades que promovam bem-estar conjunto. Dos RH’s eles esperam a cumplicidade e incentivos que proporcionem benefícios para os colaboradores. Sejam com práticas realizadas internamente ou parcerias com spas e estúdios.

Ainda assim, surge uma questão que deve inquietar os empresários do setor: estamos realmente prontos para atender a essas novas demandas? Será que já entendemos que investir em bem-estar vai além de uma oportunidade de mercado e se configura como um compromisso com o impacto social? Incentivar hábitos saudáveis desde cedo não é apenas uma estratégia; é uma forma de contribuir para um futuro mais saudável, com menos doenças, maior produtividade e, sobretudo, mais felicidade.

A Geração Alpha, sem dúvida, enfrentará níveis de ansiedade ainda maiores que os de seus predecessores. Porém, também carregará consigo uma oportunidade única: a consciência ampliada sobre a importância do bem-estar. Cabe ao setor não apenas se adaptar, mas inovar e liderar essa transformação. E você, já refletiu sobre como o seu negócio está se preparando para atender às necessidades dessa nova geração?

Imagem: Envato



(*) Gustavo Albanesi
é cofundador e CEO do Buddha Spa, a maior rede de spas urbanos do país.

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