Economia
Pagamentos digitais são usados por 3 entre 10 brasileiros, diz estudo
Além disso, 31% dos consultados acreditam que o dinheiro em espécie deve ser abolido nos próximos cinco anos
Os brasileiros estão deixando de usar dinheiro em espécie, com 31% preferindo pagamentos digitais, segundo o Relatório Varejo 2024 da Adyen, em parceria com o Centro de Pesquisa Econômica e de Negócios (Cebr). A pesquisa aponta que os consumidores veem potencial de crescimento na digitalização, impactando os pagamentos de maneira positiva.
Mais de um quarto dos entrevistados (26%) acredita que a sociedade deveria abolir o uso do dinheiro em espécie no próximo ano, enquanto 31% preveem que isso ocorrerá entre três e cinco anos. Renato Migliacci, vice-presidente de Vendas da Adyen Brasil, cita a conveniência percebida pelos consumidores na digitalização do dinheiro. “O Pix foi um ótimo propulsor, acelerando a adoção e a curva de aprendizado do usuário, que passou a experimentar outras tecnologias em sua rotina, como as carteiras digitais e as transações por aproximação”, afirmou.
A busca por métodos mais ágeis influencia a preferência por pagamentos digitais, com 18% dos consumidores desejando concluir transações em poucos cliques, inserindo o mínimo de informações possível. O Brasil se destaca na adoção de tecnologias de segurança, com 30% dos consumidores usando biometria para autenticar transações, comparado a 18% em outros países.
Migliacci aponta que a modernidade e robustez do ecossistema de pagamentos e dos terminais brasileiros trazem confiança e segurança. “Trata-se de uma transformação comportamental, resultado de anos de investimento do setor”, concluiu.
Banco Central divulga recorde de transações no Pix em 48 horas
Dados do Banco Central reforçam essa tendência. Pela primeira vez, mais de 400 milhões de operações no Pix foram realizadas em um período de 48 horas, nos dias 6 e 7 de junho.
Na última sexta-feira, o BC registrou um novo recorde diário de transações no Pix, com 206,8 milhões, superando o recorde anterior de 201,6 milhões no dia 5 de abril deste ano. De acordo com a entidade, esses números mostram a importância do Pix como infraestrutura digital pública “para promover inclusão financeira, inovação e concorrência nos serviços de pagamentos no Brasil”.
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