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Palestra destaca o poder de criar conexões humanas genuínas

Momentos de efervescência coletiva reforçam a importância das conexões humanas em uma era digitalizada

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conexões humanas

Brené Brown, que passou mais de 20 anos estudando as emoções e experiências humanas, falou mais conexões humanas durante o terceiro dia do SXSW 2024, em uma gravação ao vivo de seu popular podcast, Unlocking Us, em que conversou com a aclamada psicoterapeuta Esther Perel sobre conectividade, vulnerabilidade e a essência da interação humana na era digital.

Com base nos avanços tecnológicos e a crescente epidemia de solidão moderna, elas ofereceram insights perspicazes sobre a natureza das conexões digitais e a busca por significado em um mundo hiperconectado, mas emocionalmente isolado.

A pesquisadora contou que durante um estudo, os pesquisadores apresentaram uma variedade de músicas para uma audiência diversificada, observando atentamente suas reações. Uma das principais descobertas foi a maneira como certas músicas estimulavam os participantes a se envolverem ativamente, seja cantando em coro, dançando juntos ou simplesmente compartilhando expressões de alegria, mostrando o poder de criar conexões humanas genuínas.

Em meio aos desafios impostos pela vida digital, elas enfatizaram o conceito de “efervescência coletiva” como um testemunho da resistência do espírito humano em encontrar conexão e significado em experiências compartilhadas, mesmo diante da mediação tecnológica, utilizando a dança e a até a música. “Esses momentos de efervescência coletiva são essenciais para a construção de comunidades coesas e solidárias”, afirmou Brown. “Eles nos lembram da importância fundamental das interações humanas cara a cara, especialmente em uma era dominada pela tecnologia.”

Embora possamos ter milhares de amigos virtuais, a falta de conexões emocionais profundas na vida real pode deixar as pessoas se sentindo vazias e desconectadas. Perel resumiu isso de forma sucinta ao observar: “Podemos ter 1.000 amigos virtuais, mas ninguém para alimentar meu gato.”

Em seguida, a discussão adentrou o reino da “intimidade artificial”, onde as interações digitais muitas vezes deixam as pessoas ansiando por conexões mais autênticas e significativas. Brown e Perel destacaram como a busca por hiperconectividade, longe de preencher lacunas emocionais, muitas vezes amplia o abismo da solidão e do mal-entendido.

A analogia evocativa da Dra. Brown sobre “voo controlado em direção ao terreno” ilustrou vividamente os perigos de navegar pela vida em um ritmo insustentável, desconectado das relações humanas genuínas. Esta metáfora serviu como um lembrete contundente do custo humano de nossa busca implacável por progresso desprovido de conexão real.

A conversa entre a Dra. Brené Brown e Esther Perel foi um chamado à ação para líderes, indivíduos e comunidades reavaliarem sua relação com a tecnologia e priorizarem as conexões humanas autênticas. Elas nos desafiam a enfrentar o paradoxo da conectividade moderna a partir de três pontos essenciais:

  • Reconhecer o impacto da tecnologia na dinâmica de equipe: líderes devem compreender o impacto das ferramentas digitais na interação humana e garantir que a tecnologia aprimore, em vez de substituir, a conexão humana;
  • Cultivar espaços para vulnerabilidade: criar ambientes onde os funcionários se sintam seguros para serem vulneráveis pode levar a conexões mais profundas e equipes mais resilientes;
  • Promover conexões reais: incentivar interações presenciais e experiências coletivas que construam comunidade e pertencimento é essencial para o bem-estar e a produtividade da força de trabalho.

Brown explicou que: “A vulnerabilidade desempenha um papel importante na formação de conexões humanas significativas. É quando nos permitimos ser vulneráveis que verdadeiras conexões podem florescer.”

Essa conversa trouxe implicações significativas não apenas para a compreensão da psicologia humana, mas também para a promoção de comunidades mais saudáveis e empáticas. Ao reconhecer o poder da conexão humana, podemos cultivar espaços onde todos se sintam valorizados, ouvidos e conectados uns aos outros.

Raquel Kury para Central do Varejo – Acompanhe a autora no LinkedIn


 

Imagens: Raquel Kury
Missão realizada em parceria com a Wake, Squid, Grupo Popular e Kreativ!

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