Economia
Prejuízos de ciclone no Sul somam mais de R$ 1,3 bilhão
Segundo Confederação Nacional dos Municípios, um dos setores mais atingidos foi o comércio, com quase meio milhão em perdas
Nos últimos meses, o Sul do Brasil foi atingido por dois ciclones extratropicais; um, em julho em Santa Catarina, outro, no dia quatro de setembro no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Foram pelo menos 96 cidades atingidas, com um saldo de 48 mortes confirmadas até o momento, e dezenas de outros desaparecidos. São mais de 20 mil pessoas desalojadas, e mais de 4 mil desabrigadas por conta do último ciclone no Sul.
Desastres como esses não deixam de atingir todos os setores da sociedade, e as atividades econômicas normais esperadas deixam de acontecer, causando ainda mais impactos para a sociedade. O prejuízo, em geral, que os desastres ambientais causaram foi de aproximadamente R$ 1,3 bilhões. O Governo Federal anunciou o repasse de R$ 741 milhões para as cidades afetadas.
De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios, os setores mais afetados pelo ciclone no sul foram o comércio privado local, e a agropecuária. Estima-se que o prejuízo para o comércio tenha sido de cerca de R$ 423,8 milhões. A agricultura, segunda maior prejudicada, teve um rombo estimado em R$ 229,7 milhões, seguida por habitação (R$ 175 milhões) e pecuária (R$ 93,4 milhões). Segundo o mesmo levantamento, cerca de 8 mil casas foram destruídas.
Setores públicos também foram afetados, como o setor de transportes, limpeza urbana e remoção de escombros, assistência médica e emergencial, etc.
O economista ambiental Marcos Godoy explica que desastres ambientais, intensificados e mais recorrentes pelas ações humanas sobre o meio-ambiente, prejudicam a economia não só imediatamente, como observado até então, mas também a longo prazo, uma vez que os trabalhadores vão ficar dias fora da produtividade, empresas perdem maquinários ou até são fechadas, etc.
A Central do Varejo buscou falar com o Presidente do Sindilojas, Giraldo Sandri, sobre os impactos dos ciclones para o varejo local, porém, o sindicato estava envolvido com repasses de cestas básicas e atendimento emergencial à população, e não pôde dar entrevistas.