Prévia de novembro coloca finalmente inflação dentro da meta do governo

De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) do IBGE, a prévia da inflação de novembro ficou em 0,20%, apenas 0,02 pontos percentuais (p.p.) acima do patamar de outubro (0,18%). No ano, o IPCA-15 acumula 4,15%, e, nos últimos 12 meses, 4,50%, dentro da meta oficial do governo de 3%, com tolerância de 1,5 p.p. para cima ou para baixo. É a primeira vez, desde janeiro de 2025, que o índice fica dentro da meta.

Entre os nove grupos analisados, sete tiveram alta em novembro. O maior impacto veio do grupo despesas pessoais (0,85% e 0,09 p.p. de impacto), com aumento nos preços da hospedagem (4,18%) e pacote turístico (3,90%). Além disso, no grupo Transportes (0,22%), as passagens aéreas (11,87%) tiveram o maior impacto individual no índice do mês (0,08 p.p.), acompanhando a mesma tendência.

O grupo Saúde e cuidados pessoais (0,29%) também pressionou o índice para cima, com destaque para o item plano de saúde (0,50% e 0,02 p.p.).

O grupo Alimentação e bebidas (0,09%) voltou a subir depois de cinco meses consecutivos de baixa nos preços. A alimentação fora do domicílio que puxou o grupo para cima (0,68%), com altas da refeição (0,56%) e do lanche (0,97%). 

Já a alimentação no domicílio (-0,15%) continua no campo negativo, com baixa nos preços do leite longa vida (-3,29%), do arroz (-3,10%) e das frutas (-1,60%). No lado das altas, ficam a batata inglesa (11,47%), o óleo de soja (4,29%) e as carnes (0,68%).

Os únicos grupos que ficaram no campo negativo em novembro foram Artigos de residência (-0,20%) e Comunicação (-0,19%).

Entre as regiões pesquisadas pelo IPCA-15, dez de onze ficaram com inflação positiva em novembro. O maior índice foi observado em Belém (0,67%), em decorrência das hospedagens (155,24%) e passagens aéreas (25,32%) relacionadas provavelmente à COP30, e o menor resultado foi observado em Belo Horizonte (-0,05%).

Imagem: Rovena Rosa/Agência Brasil