Economia
Produção industrial cai em janeiro, em relação a dezembro
Resultado, no entanto, é positivo quando comparado com primeiro mês de 2023
Em janeiro de 2024, a produção industrial nacional sofreu uma queda de 1,6% em relação ao mês anterior, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este recuo representa um desempenho desafiador para o setor, após um período de crescimento constante.
Em comparação com janeiro de 2023, entretanto, a indústria registrou um aumento de 3,6%, mantendo-se em uma trajetória de crescimento pelo sexto mês consecutivo nessa base de comparação. O índice acumulado do ano também apresentou uma alta de 3,6%, enquanto nos últimos doze meses o avanço foi de 0,4%, um aumento em relação ao período anterior.
A queda de 1,6% em janeiro de 2024 fez com que o setor industrial eliminasse parte da expansão de 2,9% acumulada nos meses de agosto a dezembro de 2023. Neste mês, duas das quatro grandes categorias econômicas e seis dos 25 ramos industriais pesquisados apresentaram redução na produção.
Entre as atividades que contribuíram significativamente para essa queda, destacam-se as indústrias extrativas, com retração de 6,3%, e de produtos alimentícios, que recuaram 5%. A indústria extrativa interrompeu dois meses consecutivos de avanço na produção, enquanto a produção de alimentos eliminou parte da expansão acumulada nos meses anteriores.
Por outro lado, algumas atividades registraram expansão na produção, como os produtos químicos (7,9%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (13,7%), veículos automotores (4,0%) e máquinas e equipamentos (6,4%). Esses setores exerceram impacto positivo em janeiro de 2024, contribuindo para compensar parcialmente as quedas em outros segmentos.
Analisando as grandes categorias econômicas, observa-se que bens intermediários (-2,4%) e bens de consumo semi e não duráveis (-1%) foram os mais afetados pela queda na produção industrial em janeiro. Por outro lado, os setores produtores de bens de consumo duráveis (1,4%) e de bens de capital (5,2%) apresentaram resultados positivos, contribuindo para mitigar os efeitos negativos sobre o setor industrial como um todo.
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