Quiosques em shoppings são tendência para 2024, diz especialista

Os shoppings centers ainda são os locais preferidos de 46% dos consumidores na hora de realizar uma compra. O dado é do levantamento “O comportamento dos Frequentadores de Shopping Centers”, da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), em parceria com a Fronte Pesquisa. Segundo o estudo, os quiosques costumam faturar cerca de mil reais a mais por m² por mês do que as lojas que possuem mais de 1000m². Enquanto a média de faturamento das grandes lojas variaram e R$824 e R$836, os quiosques alcançaram valores entre R$1.344 e R$1.900.

Os números são muito interessantes para empreendedores que buscam começar novos negócios ou entrar para o ramo de franquias nessa modalidade. Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), quase 10% das franquias brasileiras atualmente são quiosques, e movimentam mais de R$ 3 bilhões por ano. A ABF também indica que, no ano passado, houve um aumento de 13% nesse tipo de franquia.

Maurício Romiti, diretor administrativo da Nassau Empreendimentos — empresa que administra o Shopping Center 3, na Avenida Paulista — indica que essa pode ser uma oportunidade de crescimento. “Os quiosques são parte essencial da experiência dos clientes nos centros comerciais. Ainda que as lojas âncoras sejam importantes por serem marcas consagradas e atraírem público, as lojas satélites e os quiosques chamam a atenção e vendem muito bem, representando uma fatia expressiva da venda dos shoppings”, explica.

A razão por trás desses resultados está na praticidade e na oferta de produtos que casam com as necessidades e desejos dos consumidores. Os corredores oferecem a chance de conquistar o cliente pela curiosidade, de forma bastante intuitiva e simples, ao contrário das lojas tradicionais que precisam investir mais em vitrines e decoração. Os clientes passam pelos quiosques, necessariamente; nas lojas tradicionais, precisam entrar.

Outro motivo que faz com que a lucratividade dos quiosques seja maior é o custo reduzido com aluguel. Interessantemente, o valor por m² costuma ser maior do que o das lojas, mas, como o espaço é bem menor, o valor final sai mais barato. Além disso, também há menos gastos com manutenção e funcionários.

Por isso e pelos dados que vêm apontando o crescimento no número de quiosques, essa parece ser uma tendência que deve seguir aumentando nos próximos anos.

Dicas para abrir quiosques em shopping

Como todo negócio, é preciso fazer cálculos e análises estratégicas para definir o melhor investimento em um quiosque. Cada shopping tem um preço de aluguel, além de outras questões de infraestrutura, e isso varia dependendo do espaço específico (qual corredor, próximo a quais lojas, etc.).

Também são necessárias estratégias diferentes para venda de produtos próprios ou de franquias. No primeiro caso, você vai definir tudo, desde o funcionamento do estoque — que é limitado, não esqueça — até o posicionamento nas prateleiras. Já as franquias normalmente pedem padrões que devem ser respeitados em várias instâncias.

Romiti lembra que, apesar de exigirem menos investimento visual, os quiosques ainda precisam se empenhar para chamar a atenção. “Não se pode correr o risco de virar apenas um balcão de informações, ou seja, que as pessoas vejam o quiosque mas não vejam os produtos. Faça proveito de todo o espaço, use decorações e treine os colaboradores para atraírem o olhar dos visitantes e converter vendas. Ainda mais importante é escolher bem o ponto dentro do shopping”, complementa.

Imagem: Divulgação