Robôs no varejo: Três futuros possíveis

A presença de robôs no varejo continua crescendo, mas para onde isso nos levará?

A robótica é uma das áreas mais empolgantes, promissoras e rapidamente evolutivas da tecnologia no varejo. Os robôs estão assumindo um número crescente de funções, incluindo tarefas para as quais muitos varejistas ainda estão lutando para encontrar funcionários humanos suficientes (como condução e trabalho em armazéns).

E estamos apenas no começo da era robótica no varejo. Veja a seguir três maneiras como o uso de robôs no varejo pode se desenvolver, desde uma presença generalizada até uma que possa utilizar outras tecnologias para fazer algumas das coisas que os robôs estão fazendo agora.

“Star Wars”

Um futuro possível para os robôs no varejo – e o melhor para os amantes de IA e automação – é o que eu chamaria de cenário “Star Wars”. Robôs semelhantes aos humanos, como o robô bipedal Agility Robotics conhecido como “Digit”, que a Amazon tem testado para ajudar os funcionários com a reciclagem de totes, trabalhariam rotineiramente ao lado de humanos e, potencialmente, no lugar deles nas lojas e também na cadeia de suprimentos.

Além disso, veículos autônomos seriam a norma, e drones ou robôs terrestres executariam a maioria das entregas. Os robôs seriam totalmente integrados ao varejo, bem como a todas as outras facetas da sociedade, levando a um ambiente humano-mecânico integrado, como nas films de “Star Wars”.

Embora seja difícil prever o que o futuro mais distante nos reserva, no curto prazo, esse cenário é altamente improvável. Varejistas já testaram robôs-humanos como assistentes nas lojas e, nos EUA, esses testes não tiveram sucesso. Claramente, os robôs vieram para ficar, mas um futuro de ficção científica é menos provável do que um destes dois resultados possíveis:

Como agora, mas com mais robôs

Atualmente, os robôs têm uma forte presença no varejo, especialmente nos bastidores, onde varejistas como o Walmart estão desenvolvendo um modelo de cadeia de suprimentos centrado em robótica e o Chipotle está utilizando robôs para agilizar a preparação de alimentos.

Na parte da frente, as lojas e os centros comerciais estão lentamente vendo um aumento no uso de robôs para realizar tarefas como contagem de inventário, limpeza de pisos, patrulha de segurança e serviço de alimentos e bebidas. Drones e veículos autônomos estão se tornando cada vez mais populares como meios de entrega.

Ao contrário de um resultado de ficção científica, onde os robôs se tornam parte do cotidiano e cada vez mais parecidos com humanos, esse cenário basicamente prevê um ambiente de varejo não muito diferente do que temos agora, exceto que robôs realizando tarefas como distribuir inventário nos bastidores e manter os pisos brilhantes na parte da frente se tornariam a norma, e não mais “inovações de ponta.”

Como agora, mas com menos robôs

À medida que a sociedade em geral se torna mais robotizada, um futuro com menos robôs no varejo do que os atualmente implantados parece improvável. E este é, de fato, o cenário menos provável, mas não impossível, dadas as circunstâncias certas.

Isso incluiria o avanço contínuo de tecnologias móveis, Internet das Coisas (IoT) e inteligência artificial (IA) para permitir que os humanos, equipados com dispositivos móveis, realizem um número maior de tarefas de maneira mais eficiente.

Por exemplo, um funcionário com um aplicativo equipado com IA que lê sinais emitidos por prateleiras ou etiquetas de produtos poderia fazer a contagem de inventário tão facilmente quanto um robô scanner, ou câmeras inteligentes habilitadas com IA poderiam identificar incidentes de segurança potenciais e notificar imediatamente os funcionários humanos por mensagem de texto.

Ainda haveria muitos robôs nesse cenário, especialmente realizando tarefas manuais, como conduzir veículos ou carregar e descarregar paletes, mas os humanos com capacidades aprimoradas por tecnologia “substituiriam” os robôs em alguns fluxos de trabalho empresariais.

Imagem: Envato
Informações: Dan Berthiaume para CSA
Tradução livre: Central do Varejo