Inovação
Varejistas asiáticos recorrem a agentes de IA para fortalecer a gestão de estoques
Varejistas da Ásia devem ampliar o uso de inteligência artificial agêntica para tornar a gestão de estoques e cadeias de suprimentos mais eficiente em 2026, em meio a interrupções logísticas observadas na região e na Austrália. A avaliação consta em um relatório da Fluent Commerce.
“As interrupções na cadeia de suprimentos se tornaram o novo normal na Austrália e na Ásia-Pacífico, com eventos climáticos extremos, tensões geopolíticas e choques financeiros expondo vulnerabilidades antigas”, afirmou Jamie Cairns, diretor de estratégia da Fluent Commerce.
Segundo Cairns, empresas locais continuam sentindo os efeitos desse cenário, uma vez que a pressão econômica reduz a margem para erros operacionais por parte dos varejistas.
Um estudo da YouGov, encomendado pela Fluent Commerce, aponta que 92% dos líderes de cadeias de suprimentos no segmento business-to-business (B2B) na Austrália enfrentam desafios relacionados ao cumprimento de pedidos. O levantamento também indica que mais de um em cada quatro líderes B2B considera a falta de automação ou de flexibilidade nos fluxos de trabalho um dos principais pontos de dificuldade.
“Com o aumento da pressão, não é surpresa que mais de 80% dos varejistas globalmente afirmem que a IA agêntica será central para melhorar a eficiência operacional no próximo ano”, disse Cairns.
De acordo com o relatório, embora muitas organizações já tenham iniciado investimentos em IA agêntica, a implementação completa ainda ocorre de forma gradual. A expectativa é que, até o fim de 2026, um número maior de varejistas tenha implantado ou ampliado o uso de agentes de IA em suas operações.
Esses agentes devem atuar na otimização das cadeias de suprimentos por meio de alocação dinâmica de estoques, definição mais precisa de momentos de reposição, reequilíbrio proativo e visibilidade em tempo real das redes de atendimento.
Na Austrália e na região da Ásia-Pacífico, as estratégias de abastecimento também passam por mudanças. Varejistas têm reavaliado cadeias globais e adotado práticas de nearshoring e sourcing regional, o que aumenta a demanda por dados precisos e sistemas integrados. Segundo o relatório, combinadas com a IA agêntica, essas abordagens reduzem a dependência de fornecedores distantes e auxiliam no gerenciamento de incertezas geopolíticas e logísticas.
O estudo acrescenta que, ao priorizar tecnologias modernas e flexíveis e implantá-las de forma estratégica, varejistas da Austrália e da Ásia-Pacífico tendem a fortalecer a resiliência operacional, responder a interrupções e melhorar sua competitividade.

Imagem: Unsplash
Informações: Retail Asia
Tradução livre: Central do Varejo
