Inovação
Victoria’s Secret & Co. volta seu foco para a Geração Z
Sob o comando de uma nova CEO, a Victoria’s Secret & Co. anunciou na quinta-feira (05) que as vendas líquidas do terceiro trimestre aumentaram 6,5% em relação ao ano anterior, atingindo US$ 1,3 bilhão, com vendas comparáveis subindo 3% – o maior crescimento trimestral em três anos.
A margem bruta permaneceu relativamente estável, mas o prejuízo líquido aumentou mais de 22%, chegando a US$ 54,8 milhões. Os estoques subiram 7%.
Com esse impulso, o gigante do setor de lingerie aumentou sua previsão para o ano, agora esperando que as vendas subam de 1% a 2% (em comparação com a previsão anterior de uma queda de 1%). A empresa também ajustou sua expectativa de lucro operacional para ficar entre US$ 315 milhões e US$ 345 milhões, em vez do intervalo anterior de US$ 275 milhões a US$ 300 milhões.
A recém-chegada CEO Hillary Super destacou que ambas as marcas da empresa têm a oportunidade de se destacar, com foco especial em atrair consumidores mais jovens.
“Victoria’s Secret e Pink podem e devem não apenas fazer parte das conversas culturais, mas também criar momentos culturais por meio de produtos e marketing”, disse ela. Super mencionou grandes eventos como o relançamento da VSX em setembro, o retorno do desfile de moda da Victoria’s Secret em outubro e momentos virais como a colaboração com Sabrina Carpenter e o lançamento do conjunto de pijama com laços de cetim.
Ela deu crédito especial ao desfile de moda, afirmando que ele está ajudando a reativar clientes antigos e atrair novos consumidores.
“Não estávamos na conversa cultural. E acho que surpreendemos as pessoas, fazendo com que dissessem: ‘Vou prestar atenção nisso’”, disse Super. “Estamos nos conectando com uma nova geração de jovens mulheres que dizem: ‘Queremos cabelos volumosos, mais glamour, mais brilho. Queremos tudo isso.’ Isso é empolgante, porque sabemos como fazer isso. Pelo que vi até agora – e acredito que ainda temos muito trabalho a fazer nos próximos trimestres – é o novo cliente. O cliente reativado tende a ser da geração millennial ou até da Geração X, mas estamos focados especialmente na cliente da Geração Z, e me entusiasma saber que ela está percebendo isso.”
Para alcançar esse público, a empresa está redobrando o foco na marca Pink, adicionando mais itens de vestuário à sua linha, diferenciando-a mais claramente da marca principal e dando-lhe mais espaço nas lojas. Super explicou que, para a Geração Z, experiências presenciais ainda são valorizadas. Desde a fusão das duas marcas em 2022, uma reforma completa da Pink foi iniciada no ano passado.
“Quanto à Pink, estou totalmente envolvida e vejo muitas oportunidades para a marca recuperar participação de mercado em vestuário”, disse Super. “Estou impressionada com o trabalho da equipe para melhorar os negócios da Pink e vejo espaço para mais clareza na marca e estratégias de mercado que sejam focadas em dispositivos móveis e conectadas culturalmente.”
Super também fez algumas críticas às lojas remodeladas da empresa, dizendo que a seção de produtos de beleza poderia ser “um pouco mais sofisticada”. Contudo, o afastamento dos shoppings tradicionais tem sido uma decisão acertada, já que as lojas fora dos shoppings estão recebendo mais tráfego, de acordo com o Diretor Financeiro e Administrativo Tim Johnson.
Embora a margem bruta tenha melhorado no trimestre, ela ainda está “bem abaixo da média dos concorrentes”, segundo uma nota de pesquisa do BMO Capital Markets. No geral, os ganhos do trimestre, incluindo o crescimento na América do Norte, aumento de participação de mercado e crescimento de vestuário na Pink, podem ser resultados de melhorias estruturais na empresa e, portanto, podem ser sustentáveis.
“A Victoria’s Secret finalmente está vendendo menos e cobrando mais”, disse o Diretor-Geral do BMO, Simeon Siegel.
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Imagem: Envato
Informações: Daphne Howland para Retail Dive
Tradução livre: Central do Varejo