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Zara volta a abrir lojas no Brasil depois de cinco anos

A marca de roupas espanhola faz plano de expansão internacional, e busca se afastar do fast-fashion

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Logomarca da ZARA, em branco, sobre parede creme

Nesse mês de outubro, a Zara abriu uma nova loja no Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo, depois de cinco anos sem abrir nenhuma nova loja no Brasil – com exceção de seu espaço de e-commerce, inaugurado em 2019. Também está prevista a abertura de uma nova loja no shopping Centro Norte, também na capital paulista. A marca pertence à Inditex, espanhola, que anunciou 1,6 bilhão de euros de investimento na abertura de novas lojas ao redor do mundo. A Zara já tinha inaugurado recentemente unidades em Paris e Madrid. 

A estratégia vai na contramão das marcas brasileiras, que estão fechando lojas diante da competição com o fast-fashion chinês. A Zara, no entanto, quer se diferenciar deste mercado, inaugurando lojas-conceito, e buscando se identificar com um mercado mais sofisticado. A loja recém-aberta possui 2000 m², e esbanja um conceito novo, mais clean e exclusivo, com um design simples, mas nada básico.

O especialista em varejo Vanderlei Reis publicou em seu Linkedin: “A loja em Higienópolis tem uma arquitetura bem mais minimalista, em tons de concreto bruto na sessão de roupas femininas, com luzes escondidas, plantas distribuídas no meio da loja, displays eletrônicos e araras mais altas que as lojas convencionais. Na sessão masculina, acabamentos em madeira crua, dando cara de alfaiataria”.

Nessa nova loja, também foi inaugurado o provador digital, que conta automaticamente a quantidade de peças, indica cabine para uso e tem a opção de reservar uma cabine com horário marcado digitalmente.

O movimento da Zara tem sido, contudo, cauteloso, e as lojas têm sido abertas paulatinamente, visto que a marca vem de um histório de fechamento de 626 lojas entre junho de 2022 e junho de 2023 ao redor do mundo. A nova estratégia busca recuperar a marca depois de um período difícil vivido por todo o varejo na pandemia de covid-19, e também de ascensão das marcas chinesas.

Imagem: Highlight ID na Unsplash

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