Economia
Grandes varejistas abandonam metrópoles dos Estados Unidos
Excesso de lojas, trabalho remoto, falta de mão-de-obra, e-commerce, altos aluguéis, e criminalidade contribuíram para saída das marcas
Grandes varejistas dos Estados Unidos, como Nordstrom, Walmart, Starbucks e CVS, recentemente fecharam suas lojas nas principais cidades do país, o que levanta preocupações sobre o futuro do varejo nos centros comerciais e distritos comerciais mais importantes. Vários fatores contribuíram para a saída dessas marcas dos centros urbanos, incluindo o excesso de lojas, o aumento do trabalho remoto, o crescimento das compras online, os altos aluguéis, a criminalidade e as dificuldades para contratar funcionários.
Para reinventar o varejo nos centros das cidades, serão necessárias mudanças drásticas, como a criação de bairros mais densos com uma variedade de moradias acessíveis, varejo experimental, restaurantes, entretenimento e outras comodidades.
Os formuladores de políticas desempenharão um papel crucial na reformatação dos centros urbanos, com o varejo sendo uma atração crucial para a saúde fiscal das cidades e para as economias regionais. Embora o crime tenha sido apontado como um dos principais motivos para os fechamentos, especialistas argumentam que outros fatores também desempenharam um papel importante.
O excesso de lojas dos Estados Unidos é uma tendência preocupante, com mais lojas fechando do que abrindo nos últimos anos. Além disso, a mudança para o trabalho remoto durante a pandemia afetou negativamente as áreas comerciais do centro urbano, pois menos pessoas estão fazendo compras nesses locais.
A migração das grandes redes de varejo para cidades mais baratas, juntamente com o crescimento do comércio eletrônico, também contribuiu para os fechamentos nas cidades mais caras. Além disso, os altos aluguéis e as dificuldades para recrutar trabalhadores com salários mais altos são desafios adicionais enfrentados pelo varejo.
Substituir uma grande rede de lojas por outra ou trocar uma farmácia por uma rede diferente não é uma solução sustentável. Para revitalizar os centros urbanos, é necessário adotar um modelo centrado na vitalidade das ruas e das pessoas, por meio de iniciativas como bloqueio de carros em determinados horários, feiras de rua, festivais gastronômicos, música ao vivo e exposições de arte.
Outras soluções incluem oferecer aluguéis temporários e flexíveis para incentivar a abertura de novas lojas, atualizar as leis de zoneamento para permitir o redesenvolvimento de prédios vagos em habitações acessíveis e melhorar o transporte público. A criação de moradias acessíveis nos centros urbanos é fundamental para atrair uma massa crítica de residentes e sustentar os varejistas locais. O desafio de reinventar o varejo nos centros das cidades é complexo, mas é fundamental para criar comunidades vibrantes e atrativas, onde as pessoas possam viver, trabalhar e se divertir.
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