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A força da marca própria no universo das farmácias

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marca própria

Adotar a marca própria como uma estratégia de negócio está cada vez mais forte dentro do universo das farmácias. Vejo que dois fatores influenciam o setor a adotar esse caminho: os preços que são mais baixos para o consumidor e a lucratividade para o lojista. Uma pesquisa da NielsenIQ, nos primeiros quatro meses de 2022, mostrou que os consumidores investiram 7,68% a mais em produtos de Marca Própria, em comparação com o mesmo período do ano anterior, um aumento justificável já que produtos de marca própria chegam a custar 20% a menos.

A Marca Própria é uma oportunidade de fidelizar o consumidor, pois oferece produtos de alta qualidade com menor preço, e o cliente cria uma relação de confiança com a marca. Isso aumenta as idas ao ponto de venda, já que esses produtos são encontrados somente em redes específicas. Na minha rede de farmácias, a PoupAqui, o private label só nos trouxe vantagens. Conseguimos fidelizar os clientes, nos diferenciamos da concorrência, melhoramos a margem de lucros dos nossos licenciados e ampliamos as opções para os clientes.

A rede Poupaqui, que tem mais de 90 lojas, criou em 2018 a marca Vitnatu, que abriga 43 rótulos e uma extensa variedade de produtos que, a cada dia, atraem mais consumidores. Ela foi responsável por 8% do faturamento da rede e dos licenciados, no ano passado. Acredito que o crescimento seja reflexo da pandemia, que levou as pessoas a acreditarem mais na prevenção e, também, porque a população está envelhecendo e quer ter saúde nesse período da vida.

O envelhecimento saudável da população, especialmente nas faixas etárias que precisam recorrer ao suplemento alimentar para preservar as melhores condições de saúde, tende a contribuir para que as marcas próprias ampliem sua presença nas prateleiras das farmácias brasileiras e evoluam sistematicamente. A prevenção continua contribuindo para um universo de possibilidades no negócio farmacêutico. Trata-se de uma venda diferente daquela que acontece em condições extremas, quando a única possibilidade é a ação corretiva dos remédios, essenciais quando as doenças se instalam e se agravam.

Um caminho sem volta

Eu acredito que o private label é um caminho sem volta, não só para o setor farmacêutico, mas para o varejo em geral. Os benefícios dos produtos foram aprovados pelos consumidores, pois mesmo em momentos de crise, eles têm opções de qualidade a um preço mais acessível.

Mas precisamos esclarecer uma coisa, a marca própria não está declarando guerra aos produtos de marca. Ela veio para complementar e ser mais uma importante opção para o consumidor, que aliás, no final, a decisão é sempre dele.

Mas, atenção! Alguns pontos precisam ser analisados quando for dar início a Marca Própria:

  • Analisar o mercado (concorrência e perfil do consumidor),
  • Desenvolver produtos exclusivos ou de primeira necessidade, para não cometer erros,
  • Buscar parceiros sérios e homologados para não comprometer a qualidade e imagem do produto
  • Desenvolver um projeto minucioso e que tenha claro o desenvolvimento da marca.

As Marcas Próprias oferecem muitas oportunidades para o varejo e acredito que essa competição saudável traga muitos benefícios para todos. O segredo está na condução do negócio.

Veja também: Podcast Central do Varejo #28: PoupAqui

Imagem: Envato



(*) Sérgio Otaviano
, CEO da Licence Farma, detentora da rede de drogarias Poupaqui e da marca Vitnatu, com 25 anos de atuação no mercado farmacêutico.

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