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Economia

Desastre no Rio Grande do Sul pode ter impacto de até R$ 97 bilhões

No Rio Grande do Sul, o setor de serviços é o mais afetado; no Brasil como um todo, a indústria foi a mais atingida pela catástrofe

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Na última quinta-feira, 25, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou uma pesquisa de análise dos impactos econômicos da catástrofe climática do Rio Grande do Sul (RS). De acordo com o estudo, as perdas geradas pelo desastre podem somar aproximadamente R$ 97 bilhões no Brasil como um todo. Dentro do estado gaúcho, as perdas estimadas são de R$ 58 bilhões; já nos outros estados, o impacto pode chegar a R$ 38,9 bilhões.

As chuvas e enchentes que começaram no final abril no Rio Grande do Sul, se tornando o maior desastre climático da história do estado, com quase 200 mortos, e interrupção da maior parte das atividades econômicas. Diante disso, o impacto econômico foi enorme não só no estado, mas em todo o País.

Ainda de acordo com o estudo da CNC, a tragédia pode atingir 9,86% do Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul em 2024, podendo chegar a impactar em até 1% o PIB nacional. 

Quanto aos cargos de trabalho, o evento climático pode custar até 195 mil empregos no RS, e 110 mil nos outros estados, um total de até 305 mil empregos a menos por conta da catástrofe.

Entre os setores analisados pela pesquisa, o mais impactado é o de serviços, quase empatado com o de comércio, “uma vez que dependem da circulação de pessoas na economia para performarem seus negócios”, como afirma o relatório. A perda diária estimada para o comércio no RS é de R$ 5 bilhões até a segunda quinzena de junho.

A indústria é a segunda mais afetada, uma vez que o RS é um grande produtor de máquinas e aparelhos elétricos, produtos químicos, calçados e artigos de couro, veículos pesados, etc. E a agropecuária, que representa grande fatia da economia brasileira, tem uma grande produção no Rio Grande do Sul, ficando extremamente afetada com as chuvas. A produção de arroz é uma das maiores do estado, representando 1% do PIB estadual, enquanto a agropecuária representa 6%.

Quanto ao turismo, a pesquisa estima uma perda de R$ 42 milhões por dia, totalizando cerca de R$ 2 bilhões até o dia 12 de junho. Com a alta temporada de julho, é possível que esse impacto seja ainda maior com a paralisação da economia.

Imagem: Agência Brasil

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