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E-commerce

E-commerces asiáticos tomam conta do varejo brasileiro, aponta relatório da Conversion

Top 10 dos e-commerces no Brasil tem apenas 3 empresas brasileiras

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Pessoa com celular na mão fazendo compras online; e-commerce, e-commerces asiáticos; gateway de pagamento

O domínio dos e-commerces asiáticos no mercado brasileiro tem crescido de forma avassaladora em 2024, de acordo com dados da edição de julho do relatório “Setores do E-commerce no Brasil”, divulgado pela Conversion com dados referentes ao mês de junho deste ano. 

Em junho, a Shopee, empresa de Singapura, registrou um aumento de 14,2% em relação ao mês anterior, alcançando um recorde de 230 milhões de acessos mensais. Este crescimento consolidou ainda mais a posição da Shopee no mercado brasileiro, onde em maio, a empresa ultrapassou a Amazon, tornando-se o segundo maior e-commerce do país, ficando atrás apenas do Mercado Livre.

Mercado de importados

A chinesa AliExpress também apresentou um desempenho notável, crescendo 12% em junho e superando a Shein, assumindo a liderança no setor de importados, que cresceu 3,5% no último mês. Os grandes players asiáticos já dominam 86,4% desta categoria no Brasil, com uma tendência clara de crescimento contínuo.

Os dados de 2024 mostram um crescimento expressivo para os principais e-commerces asiáticos: AliExpress com 29,7%, Shopee com 27,6%, e Shein com 6,42%.

Desempenho do varejo brasileiro retrocede

Enquanto as empresas asiáticas continuam a expandir seu domínio, o top 10 dos maiores e-commerces do Brasil inclui apenas três empresas brasileiras: Magalu, iFood e Casas Bahia, que juntas somam 8,7% do market share. Em comparação com maio, todas apresentaram queda nos acessos, sendo a Magalu a mais afetada, com aproximadamente 6 milhões de acessos a menos.

Líderes de mercado

A Shopee, criada em Singapura, detém 9,2% do market share brasileiro, sendo superada apenas pelo Mercado Livre, que possui 14,5%. Em junho, a Shopee alcançou mais de 230 milhões de acessos, marcando o quarto mês consecutivo de crescimento. Em contrapartida, o marketplace argentino manteve a liderança com mais de 363 milhões de acessos, representando um crescimento modesto de 0,026% em comparação com o mês anterior.

Dentro dos e-commerces asiáticos, a AliExpress assumiu a liderança no setor de importados, ultrapassando a Shein. A empresa do grupo Alibaba registrou um crescimento de 11,9% na comparação mensal, com destaque para a primeira posição no número de acessos web, com mais de 61 milhões de acessos contra 23 milhões da Shein. No entanto, os aplicativos ainda dominam 40,1% do tráfego mensal do setor, com a Shein liderando com dois terços de todos os acessos via aplicativos.

Os acessos mobile continuam a liderar o cenário geral do e-commerce, representando 55,7% das visitas. Os aplicativos estão quase empatados com os acessos via desktop, com 22,2% e 22,1%, respectivamente. É importante notar que os dados de acesso aos aplicativos consideram apenas dispositivos com sistema operacional Android.

Os mecanismos de busca têm se mostrado essenciais para os e-commerces, com 25,8% das visitas aos sites provenientes de buscas orgânicas e 17,9% de buscas pagas. O líder em participações ainda é o tráfego direto, que ocorre quando o endereço da loja é digitado diretamente no navegador, representando 46,5% das visitas.

Além das gigantes asiáticas, outras empresas também mostraram crescimento significativo em junho. O Airbnb subiu sete posições, alcançando a 28ª posição no ranking geral e ocupando a 5ª posição no setor de turismo. No setor fitness, a Growth Supplements entrou no top 30, subindo cinco posições para o 30º lugar. A Artwalk, no setor de calçados, subiu três posições, alcançando o 4º lugar no top 10, com um crescimento de 22,7% em junho.

A Arezzo continua a dominar o tráfego dentro dos aplicativos no setor de calçados, com 97,8% do tráfego, mantendo-se como líder da categoria no Brasil. O setor de calçados como um todo cresceu 0,5% em junho.

A Fantasias Carol teve o maior crescimento entre as principais marcas, com um aumento de 151,5% no comparativo mensal, subindo 12 posições para a 6ª posição na categoria de fantasias e presentes. Este crescimento marca o surgimento de um novo grande player no setor, que cresceu 0,7% em junho.

Setores apresentaram retração

Na contramão dos setores mencionados, os eletrônicos e eletrodomésticos tiveram a maior queda no comparativo, com -10,2%. Esta queda era esperada devido ao impacto do Dia das Mães no mês anterior, uma das maiores datas comerciais. Os setores de itens automotivos e de ferramentas e acessórios também apresentaram quedas significativas, com -8,8% e -6,3%, respectivamente.

Somando sites e aplicativos de e-commerce, houve 30,3 bilhões de acessos no Brasil nos últimos 12 meses. O estudo da Conversion analisa o tráfego dos 2000 maiores sites do Brasil em 18 categorias, utilizando como fonte de dados de audiência o SimilarWeb. Os dados de acesso referem-se a acessos no Brasil a partir de dispositivos mobile, desktop e aplicativos Android, sem incluir dados de iOS.

Pessoa com celular na mão fazendo compras online; e-commerce, e-commerces asiáticos

Imagem: Envato

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