E-commerce
Às vésperas da Black Friday, live commerce decola no Brasil
Segundo levantamento, número de consumidores que usaram o e-commerce ao vivo quase dobrou em um ano
Entre abril de 2022 e abril de 2023, o Brasil saltou do quarto para o primeiro lugar na América Latina em termos de consumidores digitais que usaram o livestream commerce para comprar produtos online, passando de 35% para 61% no período. “É raro ver um salto tão grande em período tão curto de tempo”, afirma Zia Wigder, chief content officer do eMarketer/ Insider Intelligence.
Segundo a executiva, a popularidade do live commerce no Brasil é uma grande oportunidade, apesar de o canal ser ainda relativamente novo no país. Ainda assim, varejistas como Magazine Luiza e Mercado Livre já apostam no formato. O YouTube foi um dos pioneiros a aderir, ao transmitir ao vivo seu primeiro “Show da Black” Friday, ainda em 2019.
A tendência de crescimento do live commerce no Brasil é confirmada pelo relatório “Panorama de Consumo na Black Friday”, elaborado pela Globo, que apontou que 10% dos consumidores participaram de eventos de live commerce na última Black Friday.
“Mesmo que essa modalidade ainda esteja dando seus primeiros passos em relação a outros mercados mais maduros, como o asiático (onde o live commerce já está consolidado), varejistas e plataformas devem prestar atenção à afinidade dos brasileiros de comprar produtos após assistir a live streams“, alerta Zia.
O comércio ao vivo assume muitas formas diferentes: em plataformas sociais, em grandes marketplaces ou no próprio site de um varejista. No caso das mídias sociais, um em cada quatro consumidores online as usam para fazer compras. Essa participação deve aumentar, e um dos fatores a apontar nessa direção é exatamente o crescimento do live commerce, aponta a executiva.
Além disso, já existem várias ferramentas que permitem aos vendedores criar seus próprios streams de comércio social ao vivo. “Não custa uma fortuna testar o livestream. Uma boa maneira de começar é descobrir se é melhor para a empresa trabalhar com influenciadores ou criar novas personalidades que falem exclusivamente para as transmissões ao vivo, como fazem na China”, explica Zia Wigder.
Imagem: Envato